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Sto.André: nova mudança nas bancadas
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
14/01/2008 | 07:00
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Pela terceira vez nesta gestão (2005-2008), a Câmara de Santo André tem nova composição partidária. Se no meio do ano passado o Legislativo poderia ser considerado ‘mais esquerdista’ por conta da mudança de legenda do vereador Itamar Fernandes, que trocou o direitista DEM pelo esquerdista PSB, o cenário mudou novamente e neste último ano de mandato dos parlamentares a situação voltou a ficar ‘equilibrada’.

A Casa retornou, ainda no ano passado, à formação original – apesar de algumas mudanças de peças – e está menos ‘desigual’ do ponto de vista das ‘diferenças ideológicas’. Partidos considerados de esquerda ou de centro-esquerda (PT, PDT, PSB e PV) estão representados na Câmara por 11 vereadores, os de centro (PSDB e PMDB) por seis e os de direita ou de centro-direita (PTB, PR e PP) somam quatro parlamentares.

No meio de 2007, esse número chegou a ser maior em favor dos petistas, pedetistas, socialistas e verdes. No entanto, com a consumação da mudança de sigla de Carlos Raposo (ex-PV) para o PP, as coisas voltaram a ficar como nos primeiros meses do atual mandato, com quatro vereadores defendendo a ala centro-direitista – em 2007 eram três.

Outra mudança significativa com relação à dança das cadeiras ocorreu com Heleni de Paiva. Depois de mais de duas décadas no PT, ela surpreendeu ao decidir se filiar ao PDT.

A troca, no entanto, não afetou os números da nova composição da Câmara, uma vez que os dois partidos são considerados de esquerda.

O PDT, aliás, foi a agremiação que mais cresceu neste mandato. A sigla conquistou duas cadeiras ao longo dos últimos meses. Saiu de um parlamentar em 2005 para três no ano passado. De quebra, passou a votar com a base aliada.

Não se sabe, porém, como ficará a situação neste ano, uma vez que a legenda se rebelou no final de 2007 e quase comprometeu o governo ao não votar o orçamento.

O PSB também foi outra sigla que cresceu. Conquistou um vereador a mais para seus quadros. Outra legenda que pode comemorar é o PP, que no início de 2005 não tinha representatividade na Casa e agora possui uma cadeira.

Por outro lado, PT e PV têm motivos a lamentar. Ambos perderam um representante cada na Câmara de Santo André. A situação do DEM (antigo PFL) é ainda mais complicada: ficou sem o único nome que tinha no Legislativo.

ELEIÇÕES

Com as mudanças ocorridas nos quadros partidários, quatro vereadores (19% da Casa) tentarão a reeleição neste ano defendendo outras bandeiras.

São os casos de Carlos Raposo, Heleni de Paiva, Itamar Fernandes e Samuel Siqueira. Isso sem levar em consideração Aidan Ravin, que já trocou de partido por duas oportunidades, mas neste ano disputará a eleição majoritária – é candidato a prefeito pelo PTB.

Além disso, Aidan é o único parlamentar atualmente a garantir que não disputará a reeleição a vereador em 2008. Apesar de outros nomes também serem pré-candidatos a prefeito ou a vice em suas respectivas legendas – como Dinah Zekcer (PTB), Donizeti Pereira (PV), Heleni de Paiva (PDT), José Ricardo (PSB), Paulinho Serra (PSDB) e Sargento Juliano (PMDB) –, a avaliação é que, no final, a maioria decidirá pela eleição ao Legislativo.

Ventila-se que a petista Maria Ferreira de Souza, a Loló, pode não concorrer à reeleição neste ano. Ela, que já teria cogitado a possibilidade, avalia se abandonará a política.

NOVA MUDANÇA

A julgar pelos casos de infidelidade partidária que estão sendo analisados pela Justiça Eleitoral, a composição da Câmara de Santo André pode sofrer uma nova alteração nos próximos meses.

Além de Heleni (cuja situação é a mais complicada), que trava batalha com o PT para manter o mandato, outros três vereadores lutam pelo direito de exercer o cargo para o qual foram eleitos.

Raposo, Itamar e Siqueira já obtiveram a primeira vitória na Justiça contra os suplentes Yugi Gombata (PV), Élcio Riva (PPS) e Dárcio Caselli (PSDB), respectivamente.

Apesar de o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) ter ficado ao lado deles na questão dos pedidos de perda de mandato em decorrência de infidelidade partidária, os suplentes entraram com recurso para tentar reverter a decisão.



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