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São Caetano inicia a vacinação contra a Covid-19 de crianças

Prefeito da cidade defendeu a importância do imunizante para garantir mais segurança na volta às aulas

Arthur Gandini
Do Diário do Grande ABC
17/01/2022 | 11:02
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Atualizado às 11h23

A prefeitura de São Caetano iniciou, na manhã desta segunda-feira (17), a vacinação contra a Covid-19 das crianças na cidade. A primeira etapa tem como público os jovens de 5 a 11 anos com comorbidades. As primeiras crianças foram vacinadas no Centro de Especialidades Médicas, no bairro Fundação. Estiveram presentes o prefeito da cidade José Auricchio Júnior (PSDB) e o deputado estadual e filho do chefe do Executivo, Thiago Auricchio (PL).

O prefeito, que também é médico, afirmou que a imunização dos jovens é importante para conter a pandemia. Outro objetivo é garantir o retorno seguro das crianças às escolas no dia 9 de fevereiro, quando acabam as férias escolares. “A imunização (contra o coronavírus), talvez a gente não tenha a ideia do que representa na história da medicina. É um evento de maior importância que a descoberta do antibiótico”, defendeu. “A vacina tem qualidade, é um laboratório internacional (o da Pfizer/BioNTech). A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) certamente vai liberar outros laboratórios. A gente tem a expectativa que libere o Instituto Butantan e rapidamente tenha a CoronaVac disponibilizada para ampliar a massa de vacinação nas crianças”, defendeu.

De acordo com a Prefeitura, a estimativa é de que o público dessa etapa da vacinação seja de em torno de 1800 crianças na cidade. Para os jovens serem vacinados, é necessária a apresentação de documentos que compromovem as comorbidades. A administração já recebeu do Ministério da Saúde cerca de 600 vacinas para serem aplicadas nesse público e aguarda o envio do restante. Ao todo, há cerca de 12.800 crianças na cidade.

A primeira criança vacinada contra o coronavírus em São Caetano foi o Caio Desotti, 11 anos, que é um jovem com síndrome de down. A sua mãe, a empreendedora Fernanda Dessotti, 45, disse que o alívio de ver o filho mais protegido contra a Covid-19 foi maior por conta de ele ser uma PcD (pessoa com deficiência). “Fiquei muito feliz por mim e por todas as mães que terão seus filhos protegidos. Crianças com deficiências são mais vulneráveis. Sinto-me tranquila com a volta às aulas que era algo que me preocupava muito”, declarou.

Já Francesco Olivio, 7, foi o segundo jovem a ser vacinado. A sua mãe, a advogada Christianne Olivio, 44, afirma que foi um dia especial. “Vacinas fazem parte da saúde infanfil. Essa vacina significa futuro, esperança e tranquilidade. Meu filho é asmático e por isso foi muito difícil esse período de isolamento”, relatou.

Em um balanço do primeiro ano de vacinação contra o coronavírus no país, que será completado nesta quarta-feira (19), Auricchio lamentou a demora para o começo da imunização. Disse que espera não haja a mesma demora no caso do público infantil. Também defendeu que as pessoas retornem para tomar a segunda dose e a dose de reforço. A avaliação da Prefeitura é de que a pandemia passa por um período de letalidade baixa e que as mortes atualmente, em sua maioria, são de pessoas que não completaram o ciclo vacinal. "É fundamental que a gente atinja essa terceira dose amplamente na sociedade", afirmou. 

Região

Após Santo André e São Bernardo darem início na última sexta-feira (14), as outras cinco cidades do Grande ABC começam hoje a vacinação contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. A região, que conta com 260 mil jovens nessa faixa etária, iniciará pelo público prioritário, ou seja, com comorbidades, deficiência, indígenas e quilombolas. Na sequência, a campanha evoluirá por idade, começando pelos mais velhos até os mais novos.

Antes de ir a qualquer ponto de vacinação, é necessário realizar cadastro no site www.vacinaja.sp.gov.br, clicar no botão ‘Crianças até 11 anos’ e preencher os dados.

No momento da vacinação é obrigatório acompanhamento de pai, mãe, avós, tutores ou responsáveis, devidamente comprovados com a documentação. Além disso, é necessária a apresentação do RG, CPF, cartão SUS e carteirinha de vacinação para aplicação da vacina – inicialmente serão administradas doses da Pfizer. Para as crianças com comorbidade, é fundamental levar receituário ou relatório médico com a descrição da doença ou deficiência (PcD).

As prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano exigem o agendamento por meio dos sites das prefeituras, que indicam local e horário da imunização. Em Diadema, a vacina é aplicada sob demanda nas UBSs. Em Mauá, a aplicação ocorrerá de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, em cinco escolas municipais: José Tomaz Neto (Matriz), Lysiane Pereira Galvão (Magini), Lucinda Petigossi Castabelli (Zaíra), Chico Mendes (Flórida) e Galdino de Jesus dos Santos (Canadá).

Em Ribeirão Pires (que começará pela imunização em crianças de 8 a 11 anos com comorbidades), o procedimento será na Escola Municipal Engenheiro Carlos Ronhm, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. Por fim, em Rio Grande da Serra, a campanha começa na Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Primeira-Dama Zumira Jardim Teixeira, de segunda a quarta-feira; na quinta, a vacinação estará disponível nas UBSs Central e Vila São João.




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