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Grande ABC tem menor taxa de
ocupação de UTI desde fevereiro

Dados da Fundação Seade mostram que 71,4% dos leitos públicos de emergência para tratar a Covid estão preenchidos

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
24/04/2021 | 07:00
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Dgabc


Depois de ver o sistema de saúde de seis das sete cidades colapsar – exceção foi Santo André – a região agora pode respirar mais aliviada, literalmente. De acordo com dados da Fundação Seade e divulgados ontem pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, a taxa de ocupação de leitos públicos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na quinta-feira era de 71,4%, a mais baixa desde 22 de fevereiro, quando os hospitais registravam ocupação de 71,5%.

O presidente do Consórcio e prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), disse que o resultado vem após uma série de medidas colocadas em prática pelas prefeituras para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. “A queda na taxa de ocupação de leitos de UTI reflete a redução da circulação de pessoas nas ruas e no transporte público, o que foi possível graças a iniciativas para a proteção da vida da população como o lockdown noturno e a antecipação de feriados. Agora, em um momento em que estamos avançando gradativamente na reabertura da economia, todos precisam continuar tomando todos os cuidados, seguindo as medidas de higiene e sempre com o uso correto de máscaras”, afirmou Paulo Serra.

Ontem, a ocupação de leitos de UTI públicos e privados em Santo André era de 74%. Já em São Bernardo, contando apenas vagas municipais, 76% dos leitos de emergência estavam preenchidos. Situação ainda mais confortável vive São Caetano, com 57,5% das UTIs com pacientes. Em Diadema, onde a Prefeitura não separa UTI e enfermarias, a ocupação geral é de 79%, enquanto em Mauá o Hospital Radamés Nadini, referência na cidade para tratar a Covid, tem 63% dos leitos preenchidos. A situação um pouco mais complicada é a de Ribeirão Pires, com 80% das vagas de UTI ocupadas. Rio Grande da Serra não tem leitos de internação. 

SÃO PAULO
O governo de São Paulo registrou ontem queda de 23,6% no número de mortes por Covid, após oito semanas consecutivas com indicadores em ascensão. A Secretaria da Saúde do Estado também confirmou que os números de internações e de casos confirmados de coronavírus vêm caindo semanalmente desde março. A média diária das mortes em decorrência de casos graves da Covid era de 621 nesta semana epidemiológica, contra 813 no período anterior.

“Pela primeira vez após dois meses de alta, o Estado de São Paulo apresenta queda de 23% no número de óbitos. É a primeira vez que os indicadores de casos, internações e óbitos estão em queda neste período. Graças ao avanço da vacinação, às medidas restritivas do Plano São Paulo e ao apoio da população, o nosso Estado está colhendo resultados desse esforço coletivo”, declarou o vice-governador e Secretário de Governo, Rodrigo Garcia (DEM).

Desde fevereiro, o número de mortes apontava crescimento semanal, com médias que saltavam em mais de 100 óbitos a cada nova semana. Patamares abaixo dessa média começaram a ser constatados a partir da segunda quinzena de março, simultaneamente ao período de vigência da fase emergencial do Plano São Paulo.

Apesar da boa notícia, a média de 621 mortes ainda é alta e o mês de abril, que ainda não terminou, já entrou para a história com o mais letal desde o início da pandemia, com total de 17.021 falecimentos, já contando os 863 registrados ontem. A marca anterior era de março, quando 15.159 perderam a luta contra o novo coronavírus.
 




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