A ambição pelo poder sempre foi o principal inimigo de reis e príncipes que não se contentavam com as riquezas e terras que já possuíam. Símbolo da realeza durante o período do Renascimento, os Bórgias faziam parte da nobreza italiana e espanhola. Sua vida regada a batalhas, sexo e bebidas é mostrada no quadrinho 'Bórgia - Tudo é Vaidade' (Conrad, 58 páginas, R$ 47), último capítulo da saga da famosa família.

Com roteiro do chileno Alejandro Jodorowsky e ilustrações feitas pelo maestro italiano Milo Manara, a série tem o papel de biografia não autorizada dos integrantes da então realeza do final do século 15. A publicação acompanha as ações de César, filho bastardo do papa Alexandre VI. Ele decide deixar para trás seu papel no clero para assumir o controle das tropas e atacar seus inimigos, como os Colona os Orsini e os Sforza.

A cega busca do vaidoso rapaz faz com que a rápida ascensão do império não demore a ruir. Nem mesmo a ajuda de Leonardo Da Vinci na elaboração de armas em troca de encontros com César é capaz de impedir o inevitável.

O texto firme e sensual elaborado por Jodorowsky faz ótima parceria com o estilo ousado - e considerado apelativo por aqueles que não estão acostumados por seu trabalho - de Manara.

Caso o formato da HQ não agrade, é possível acompanhar a saga da família no seriado 'Os Bórgias', que estreia domingo, às 22h, no TCM. A atração tem direção de Neil Jordan (responsável pelo filme 'Entrevista com o Vampiro') e traz no elenco Jeremy Irons como o patriarca. Assim como no livro, a série aborda aspectos como ambição, intriga e sexo.