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Críticos escolhem os melhores e piores do ano na TV
Da TV Press
20/12/2003 | 18:27
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Pelo 14º ano consecutivo, o noticiário TV Press convocou mais de 70 editores de cadernos de TV de todas as regiões do país para elegerem os Melhores & Piores da telinha em 2003. O resultado não é nenhuma novidade quando se percebe que a Globo sobra, mais uma vez, nesta que é considerada a mais abrangente eleição nacional sobre o tema. A emissora carioca ganhou 25 das 31 categorias mas, em contrapartida, foi considerada a pior em 11 delas. O grande destaque entre as produções globais foi a novela Mulheres Apaixonadas, que venceu em quatro categorias: melhor novela, ator revelação (para Dan Stulbach), melhor atriz (para Giulia Gam) e melhor autor (para Manoel Carlos).

Mas a Globo não se destacou apenas na dramaturgia. No jornalismo, a emissora foi indicada em sete das oito categorias. Um bom exemplo da supremacia global foi o triplo empate alcançado na categoria de melhor telejornal entre os três principais programas da casa: Bom Dia Brasil, Jornal da Globo e Jornal Nacional. E, na linha de shows, a Globo também fez bonito. Ganhou 8 das 11 categorias e consagrou, pelo segundo ano, dois programas: o Casseta & Planeta, Urgente! como humorístico e o Altas Horas como programa de auditório.

Já o SBT continua fazendo jus ao posto de vice-líder. A emissora de Silvio Santos foi considerada a melhor em três categorias: novela estrangeira para a mexicana Viva às Crianças, enlatado para o norte-americano Smallville, As Aventuras do Superboy e apresentadora para Marília Gabriela, do De Frente com Gabi. Já a MTV levou, pelo terceiro ano consecutivo, o título de programa musical para o Acústico MTV. Isso sem falar que o Gordo a Go-go do rotundo João Gordo foi surpreendentemente eleito o melhor programa de entrevistas, desbancando alguns favoritos ao título, como o Programa do Jô, da Globo, e o Passando a Limpo, da Record. Vale ressaltar também a honrosa participação da TV Cultura, que elegeu o Ilha Rá-tim-bum como o programa infantil pelo segundo ano consecutivo.

Já a Record e a Rede TV! não foram nada bem no Melhores & Piores de 2003 e só apareceram no ranking negro da eleição – isso porque as duas emissoras pouco fazem para incrementar suas grades de programação. A Rede TV!, por exemplo, foi considerada a pior em três categorias: novela estrangeira (para Pedro, o Escamoso), programa de entrevistas (para Noite Afora) e apresentador (para João Kleber). A Record, indicada como pior em seis categorias, só na área do jornalismo esportivo levou os anti-prêmios de programa esportivo (para o Terceiro Tempo), locutor esportivo (para Luciano do Valle, que dividiu o mico com Galvão Bueno, da Globo) e comentarista (para Oscar Roberto de Godoy). Três verdadeiros gols contra. Quanto à Band, se não conseguiu ser melhor, pelo menos não foi tão ruim. Só não passou despercebida na eleição porque o Melhor da Tarde empatou com o Cidade Alerta, da Record, como pior programa jornalístico do ano.

Este ano, como novidade, a TV Press promoveu também a eleição do momento bizarro e do mala pesada do ano na televisão brasileira. Nessas categorias, ganharam, respectivamente, Gugu Liberato e Fabiano Augusto. O apresentador do SBT por forjar uma entrevista com supostos membros da facção criminosa PCC, no dia 7 de setembro, numa tentativa de alavancar a audiência do Domingo Legal frente ao jogo Brasil e Colômbia, transmitido pela Globo. Já Fabiano Augusto ganhou fama como garoto-propaganda das Casas Bahia. Com os repetitivos bordões "Quer pagar quanto?" e "Olhou, levou!", ele divide opiniões. Embora embolse supostos R$ 100 mil por mês e seja apontado como um dos responsáveis pela boa fase da loja de departamentos, Fabiano já ganhou um endereço pouco amigável na internet: o www.odeiooidiotadascasasbahia.blogger.com.br. Mais uma prova de que é realmente difícil agradar a gregos e troianos.




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