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Fundação Casa em Mauá é modelo
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
02/01/2008 | 07:05
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Um ano e cinco meses após a sua inauguração, a unidade da Fundação Casa em Mauá, ex-Febem, única construída na região, é considerada modelo não só pelo Estado, mas também pelas famílias dos internos e entidades de direitos humanos.

A unidade abriga somente 58 adolescentes, dois a mais que sua capacidade, e o modelo é a aposta do governo para evitar fugas, rebeliões e mortes, cenas que viraram rotina durante muitos anos em complexos maiores.

Em todo final de semana, mães encontram seus filhos e sabem o que se passa ali dentro. Por enquanto, o trabalho é só elogios. Cursos profissionalizantes, educação e projetos culturais são apontados como os principais fatores que contribuem para esse quadro.

“Aqui parece mais um hotel de luxo em comparação com o Brás. Meu filho está sendo bem tratado e não fica com o tempo ocioso. Quando não está estudando, faz um curso profissionalizante ou participa de algum projeto cultural”, afirmou a empregada doméstica Aparecida Bento, 44 anos, moradora do bairro Sacadura Cabral, em Santo André.

Ela é mãe de um adolescente de 17 anos que no começo do ano se envolveu em um assalto na região central de Santo André.

“Meu filho faz o curso de computação e também estuda para completar a 8ª série. Quando estava livre, nem tinha interesse muito em estudar. Ele não se queixa de nada aqui e nem pensa em ir para outra unidade”, disse a também empregada doméstica Edileusa Oliveira de Jesus, 44 anos, que reside no bairro Eldorado, em Diadema.

Em junho, seu filho de 16 anos participou de um roubo a vale-transportes na divisa entre São Bernardo e Santo André.

A dona de casa Francisca Tomás Pereira de Paula, 35 anos, moradora do Parque São Vicente, em Mauá, também elogia a unidade. Ela é mãe de um garoto de 16 anos acusado de se envolver no roubo de uma moto há quatro meses na região central de São Bernardo.

“As assistentes sociais sempre me perguntam o que meu filho está precisando, quais são suas carências e dificuldades. Falo minhas opiniões e tudo é discutido para que meu filho saia da unidade melhor”, disse Francisca.




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