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Mário Prata estréia no policial
26/11/2008 | 07:00
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Cronista renomado, Mario Prata se lança pelas ruelas escuras do romance policial guiando o detetive Ugo Fioravanti numa louca caçada ao assassino de Sete de Paus (Planeta, 264 págs., R$ 39,90), seu primeiro thriller, que acaba de chegar às livrarias.

A história envolve o detetive Fioravanti - moldado à maneira dos clássicos policiais, mas também com o humor das tiradas típicas de Prata - numa série de assassinatos cruéis. Senhores acima do peso ideal, e em lugares tão distantes quanto Florianópolis, Cabo Verde e Uberaba são encontrados mortos, com o pênis cortado e enfiado na boca.

Como pista, somente uma carta de baralho, um sete de paus, que já dá a dica ao leitor de que sete pessoas estão com os dias contados.

Depois de escrever para teatro, televisão, cinema e jornais, Prata resolveu pôr um policial no currículo depois de ser fisgado pelo gênero, há dois anos. Leu os clássicos, como Conan Doyle e Dashiell Hammett, descobriu os contemporâneos, como Lawrence Block e Fred Vargas, e se sentiu tentado a entrar para o time.

Logo, se lembrou de uma anedota, que aconteceu pouco antes de uma das suas famosas passagens por spas (que resultaram no livro Diário de Um Magro, de 2000). "Recebi uma vez um telefonema, um engano, de uma mulher furiosa que dizia: ‘vou cortar o seu pau, seu desgraçado!'", lembra. "Contei para os gordos lá no spa e eles se divertiram muito com a história, imaginando possibilidades, pensando que alguém estava correndo risco."

Animado com a experiência e se divertindo horrores com as janelas que ela abre, Prata já trama para levar Fioravanti ao cinema e a quantos livros mais puder.

"Quero muito que ele se torne um personagem seriado, sim. Já estou escrevendo outro livro com ele", conta, por telefone, de Florianópolis, onde vive há sete anos.

É na cidade ensolarada que ele ambienta a história. "Quando me mudei, um jornal publicou que os crimes aqui na ilha estavam proporcionalmente iguais aos de São Paulo. Eu levei um susto e fui pesquisar. Mais de 70% eram crimes passionais. Crime de corno, entende? Aqui não é igual a São Paulo, onde o cara leva corno e fica quieto", conta.

Neste primeiro livro, o detetive Fioravanti sai da Polícia Federal e abre um escritório de investigação, com o Darwin (seu fiel escudeiro). Prata conta que há alta probabilidade de seu herói ir parar na telona.

"Algumas produtoras estão interessadas. Alguém vai filmar porque, independentemente de ser bom ou ruim, é cinematográfico. Outra vantagem desse filme seria a de mostrar a ilha, que nunca é mostrada. Poderia ficar bonito filmar aqui, se escolherem um momento em que os argentinos não estejam", comenta.




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