Setecidades Titulo
‘Cantada’ é motivo de assassinato
Por Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
02/11/2006 | 20:21
Compartilhar notícia


Uma cantada dada em hora errada custou a vida do montador desempregado Cleiton Almeida Poli Barboza, 24 anos, na madrugada de quinta-feira no bairro Ferrazópolis, em São Bernardo. Barboza foi assassinado com seis tiros por um conhecido seu, o balconista de padaria Francisco Sarmento de Andrade, 26, o Paraíba.

Segundo confessou à polícia após ser preso, Andrade não gostou da cantada que Barboza fez a uma mulher que o acompanhava no estabelecimento onde todos estavam, o bar e restaurante Tudo de Bom, localizado na avenida Brigadeiro Faria Lima.

A vítima e o assassino moravam no mesmo bairro do comércio. Eles se conheciam, da padaria do bairro onde Andrade trabalhava. Os dois costumavam ouvir samba no Tudo de Bom.

Às 3h de quinta-feira, ao som do ritmo, o balconista alega que sua acompanhante foi importunada pelo desempregado. Ele não chegou a detalhar o teor do flerte, mas não gostou do que ouviu.

De acordo com a polícia, Andrade saiu do estabelecimento e voltou armado com um revólver calibre 38 com a numeração raspada.

Por meio de um conhecido que também estava no bar, pediu para que Barboza o encontrasse na frente Tudo de Bom para uma conversa.

Quando o desempregado saiu do salão, o balconista sacou o revólver que escondia na cintura e disparou todas as balas que estavam no tambor da arma.

Barboza foi atingido na testa, pescoço e peito. Andrade tentou fugir correndo pela avenida, mas foi detido por policiais militares do 6º Batalhão, que faziam patrulhamento pela rua Alferes Bonilha.

Ao ouviram os tiros, os policiais se dirigiram para a frente do Tudo de Bom. Agonizando, Barboza ainda foi levado para o Pronto-Socorro Municipal, mas não resistiu.

O balconista foi conduzido para o 1º DP do município e preso em flagrante pela delegada Teresa Alves Mesquita Gurian.

Além de responder pelo crime de homicídio qualificado (motivo fútil), Andrade foi indiciado por porte ilegal de arma e uso restrito de munição, pois portava um chaveiro feito com uma bala de pistola calibre 9 milímetros.

Um dos três irmãos da vítima, o segurança Douglas Almeida Poli Barboza, 26 anos, também estava no Tudo de Bom quando o assassinato ocorreu.

“Tudo estava correndo tranqüilamente quando aconteceu a tragédia. Não imaginava que ele pudesse ser assassinado. A gente conhecia esse rapaz da padaria, quase todos os dias a gente comprava pãozinho com ele”, afirmou o segurança.

“Eu não percebi quando teve o desentendimento, tinha muita gente no bar e a música estava alta. Apenas ouvi os tiros dados do lado de fora e vi o balconista correndo”, afirmou o irmão. A vítima morava na mesma casa com os dois irmãos e a mãe.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;