Política Titulo Apoio
Alckmin endossa movimento por Carla como candidata a estadual

Ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência elogia primeira-dama de São Bernardo

Raphael Rocha
22/07/2018 | 07:06
Compartilhar notícia
Marina Brandão 20/1/17


Ex-governador de São Paulo e pré-candidato a presidente da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin avaliou como importante uma provável candidatura da primeira-dama de São Bernardo, Carla Morando (PSDB), a deputada estadual em outubro.

“A Carla faz parte de uma nova geração na política. Eu sou um entusiasta da participação da mulher na política, tem mais sensibilidade, garra. A Carla tem experiência na área da Saúde, é fisioterapeuta, além de ter feito um trabalho extraordinário à frente do Fundo Social (de Solidariedade) em São Bernardo”, discorreu Alckmin, ao Diário. “Sei que ela seria uma representante muito forte do Grande ABC e vai ao encontro do que defendo, o voto distrital ou distrital misto, para fortalecimento de regiões. Vejo com entusiasmo se ela (Carla) quiser sair candidata.”

Alckmin é a terceira grande liderança do PSDB a pedir publicamente que Carla, mulher do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), ingresse na corrida eleitoral. Antes, o pré-candidato ao governo do Estado pela sigla, João Doria, e o prefeito da Capital, Bruno Covas, declararam que a primeira-dama de São Bernardo reúne todas as condições de concorrer e ser eleita parlamentar estadual.

Indagado sobre o movimento partidário em prol da candidatura de Carla, Morando voltou a dizer que “recebe com alegria” as declarações de seus correligionários e que decidir se Carla sairá postulante nesta eleição dependerá de conversa com o grupo político e, principalmente, com seu núcleo familiar.

“A Carla é dedicada e fez um grande trabalho à frente do Fundo Social. (Essa pressão interna) Mostra também que está consolidada a visão de boa gestão que estamos fazendo em São Bernardo entre figuras de fora da cidade. A boa aceitação do nosso governo potencializa as candidaturas ligadas a nós.”

Morando relembrou que, quando chegou à Assembleia, Alckmin era governador (em 2002) e que a parceria permaneceu em todos os mandatos dele no Palácio dos Bandeirantes. “O Geraldo sempre foi um parceiro, temos proximidade grande e agradeço as palavras ao meu trabalho e ao da minha mulher. Põe peso grande (na decisão de candidatura de Carla), assim como fizeram o João Doria e o Bruno Covas.”

A definição se Carla sairá ou não em busca de uma cadeira na Assembleia Legislativa será tomada nesta semana, até porque, no sábado, o PSDB estadual realizará sua convenção. “O martelo será batido ainda nesta semana”, afirmou Morando.

Indicativos de que Carla deve vir candidata a deputada estadual são os burburinhos no meio político – vereadores e suplentes se movimentam para apoiá-la – e o lançamento, na semana passada, da pré-candidatura do vice-prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima (PSD), a deputado federal – essa deve ser a dobrada oficial do governo Morando.

Josué é grande nome para vice, diz tucano

Indicado pelo Centrão para compor a chapa presidencial encabeçada pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), o empresário Josué Gomes (PR) foi bastante elogiado pelo tucano. 

“O Josué é um grande nome. Filho de um grande vice-presidente da República, o José Alencar (morto em 2011 e número dois entre 2003 e 2010, quando o presidente era o petista Luiz Inácio Lula da Silva). É respeitado e, se a parceria se concretizar, será uma grande soma”, afirmou Alckmin, em entrevista exclusiva ao Diário.

Na sexta-feira, quando seu nome foi especulado para compor chapa com Alckmin, Josué declarou que, se convidado, aceitará o desafio. “Relembro o meu saudoso pai, que dizia que o importante na chapa é quem a encabeça. E acrescentava: ‘Vice não manda nada e deve evitar atrapalhar’. De minha parte, creio firmemente que uma coligação deva estar baseada em programas e ideias que projetem os rumos a serem seguidos pelo Brasil. Recebi com responsabilidade essa possível indicação. Agradeço a confiança que as lideranças depositam em meu nome.”

Depois de meses em negociação com a pré-campanha de Ciro Gomes (PDT), o Centrão, formado por DEM, Solidariedade, PRB, PP e PR, decidiu caminhar com Alckmin no pleito. Essa reviravolta, além de trazer respiro ao projeto eleitoral do tucano – que ainda sofre para subir nas pesquisas de intenções de voto –, agregará tempo considerável de TV no horário eleitoral gratuito, fato destacado pelo núcleo duro da empreitada de Alckmin como vital para alcançar o segundo turno.

“A campanha eleitoral começa de fato em 31 de agosto, com o rádio e a TV (transmitindo as propagandas dos candidatos). Eles (Centrão) vão agregar nisso, além de terem lideranças expressivas em todo o País, com candidaturas a outros cargos muito fortes para ajudar nosso projeto. Será um instrumento importantíssimo para que possamos alcançar o segundo turno”, comentou Alckmin, que citou também o diálogo encaminhado com PTB, PSD e PPS. “Devemos fechar o grande arco de aliados até a semana que vem.”

SEM DIVISÃO

Alckmin reforçou o discurso que já tem adotado na pré-campanha: reunificação do País. O tucano tenta se apresentar como nome capaz de aglutinar as forças políticas do Brasil, distanciadas depois do acirrado pleito de 2014, vencido pela petista Dilma Rousseff contra o tucano Aécio Neves pela menor margem de diferença desde a redemocratização, em 1985.

“Temos de reestruturar nossa economia, fazer dobrar a renda do trabalhador, ampliar oferta de Educação e Saúde de boa qualidade. Precisamos, em esforço conjunto, conciliar o País. Não podemos mais ficar divididos como estamos, até para poder recuperar o Brasil. Mais do que nunca é preciso pacificar o Brasil, caminhar para a desburocratização, com reforma tributária.” 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;