Partidos aliados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), PSB, PPS e PV decidiram se unir para fortalecer o nome do vice-governador Márcio França (PSB) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, em 2018.

Prefeitos do Grande ABC, Lauro Michels (PV, Diadema) e Atila Jacomussi (PSB, Mauá) têm feito parte dessa movimentação. Os dois já declaram publicamente apoio ao projeto do ex-prefeito de São Vicente.

Também integram o grupo chefes dos Executivos de cidades da Grande São Paulo, como Gustavo Henric Costa, o Guti (PSB), de Guarulhos. O time suprapartidário reúne outros prefeitos, em sua maioria jovens e que exercem o primeiro mandato. Deputado federal com base em São Bernardo e presidente estadual do PPS, Alex Manente também encabeça as discussões.

A ideia, segundo apurou o Diário, passa por asfaltar a candidatura de França ao governo paulista, unificando as lideranças das cidades governadas pelos três partidos e que possuem grandes colégios eleitorais. O bloco acredita ser importante nesse processo o bom desempenho eleitoral de prefeitos desses três partidos no pleito do ano passado, como no caso de Guti, que foi eleito no segundo turno com 83,50% dos votos válidos (481.541 adesões).

Na hipótese de o prefeito da Capital, João Doria (PSDB), ser candidato a governador, os partidos projetam conquistar a vaga de vice na chapa tucana. Nessa linha, acreditam que Alckmin seja mesmo candidato a presidente e que, por conta disso, França assumiria o governo paulista e garantiria a presença do nome escolhido pelas três siglas na chapa governista. Eventual candidatura do governador à Presidência, porém, depende dos desdobramentos da Operação Lava Jato, que respingou no tucano e abriu espaço para a ascensão do nome de Doria na corrida presidenciável.

O bloco PSB-PPS-PV já promoveu pelo menos três encontros. Foi durante essas conversas que surgiu a ideia de Lauro trocar o PV pelo PSB, como revelou o Diário no dia 5. O verde chegou a cogitar internamente ser candidato a deputado federal no pleito do próximo ano, mas recuou.