Candidato no PED (Processo de Eleições Diretas) do PT de Santo André, Aylton Affonso afirma que o grupo que comanda atualmente o partido na cidade está desgastado, com “políticas e estratégias ultrapassadas”. O petista é um dos cinco postulantes à presidência da sigla e o segundo entrevistado na série que o Diário fará com os pleiteantes na disputa interna.

Aylton faz parte da AE (Articulação de Esquerda) e sustenta que pretende “resgatar o PT, mudar a atual política, estratégia, para que se adapte a novas condições”. “Nós tivemos uma derrota histórica, nas últimas eleições (de 2016). A gente quer recuperar o apoio da classe trabalhadora. Portanto, nós precisamos de uma nova estratégia”, alega.

O postulante diz que o grupo de Luiz Turco, que preside hoje o PT local e apoia a candidatura de Professor Luizinho ao PED, integra parcela da sigla que “sacrifica reformas necessárias, como urbana, agrária e tributária pela política de alianças (políticas)”. Segundo ele, “colocam em segundo plano essas reformas por conta de alianças com setores que nem querem reforma nenhuma”. Quanto ao fato de existirem cinco candidaturas para presidir a legenda em nível municipal, Aylton argumenta que “tem que haver tantas chapas quanto posicionamentos”.

“Eu não vejo nenhum problema em ter disputa interna (do PED). Isso não significa racha. Desde que seja disputa de programas diferentes, e não por projetos pessoais”. Para o candidato, a tarefa número um do PT é “lutar contra as reformas da Previdência, trabalhista, contra o golpe, em defesa dos trabalhadores, defesa da democracia e se engajar em mobilizações contra perda de direitos”.