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Unifesp inicia consolidação em Diadema

Um ano após previsto, prédio na unidade José
de Alencar começará a ser erguido em outubro

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
30/08/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Um ano após a previsão inicial, o campus da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em Diadema terá condições de dar início às obras de consolidação no município. Trata-se de prédio na unidade José de Alencar, no Centro, possível a partir da liberação de R$ 4 milhões por parte do governo federal. A previsão é a de que os trabalhos, com custo estimado de R$ 33 milhões, tenham início em outubro. No entanto, devido à crise econômica e ao contingenciamento dos recursos destinados às instituições federais, há preocupação em relação ao andamento das intervenções.

A previsão é a de que as obras do edifício de 9.000 m² durem entre 18 e 24 meses para serem concluídas. A construção vai contemplar 19 salas de aula, restaurante universitário, laboratório de informática, secretaria acadêmica, livraria, área de exposição, praça digital e cafeteria.

Conforme o diretor do campus Diadema, professor João Alexandrino, a principal dificuldade é a incerteza de liberação de recursos futuros. “Temos de garantir, nos próximos dois anos, que o valor continue a ser disponibilizado. Há compromisso do MEC (Ministério da Educação), tanto que foi autorizado o início das obras”, disse.

Alexandrino assumiu que há riscos de atraso e até mesmo de que os trabalhos sejam paralisados. No ano passado, a instituição fechou com dívida de R$ 5 milhões. “Enfrentamos problemas no pagamento das despesas, diminuição de atividades, além da instabilidade econômica. Se a crise econômica aumentar, podemos ter risco de uma obra parada. Esses são os principais desafios para nos implantarmos na cidade de forma digna e definitiva”, afirmou.

Após o término do ano letivo, em dezembro, os cerca de 700 alunos que já estudam nas 14 salas de aula da unidade José de Alencar vão precisar ser deslocados. Isso porque, com as obras em andamento, não vai ser possível que as aulas prossigam. No total, são 2.550 alunos em Diadema.

“Vamos desativar temporariamente o edifício didático. Estamos procurando alternativas com a Prefeitura para alugarmos outro prédio ou para que outro endereço nos seja cedido. A ideia é que as aulas já sejam iniciadas em novo local a partir de março do ano que vem.”

A construção é referente à primeira fase do plano diretor de infraestrutura do campus, elaborado em 2014 e que contempla a execução de três prédios, além de estabelecimento de critérios de sustentabilidade ambiental. O planejamento completo custará R$ 120 milhões.

A ideia é que, com o fim das obras, que têm prazo mínimo de cinco anos, sejam desativadas as unidades Manoel da Nóbrega, que é alugado, e Antônio Doll. O centro José di Filipi deve funcionar como polo de extensão ou de pesquisas.

Para iniciar a construção, a universidade precisou de aprovação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), já que se tratava de área industrial, o que foi concedido.


Universidade se preocupa com a liberação de verba para custeio


Com 20% do orçamento para custeio contingenciados pelo MEC (Ministério da Educação), a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) se preocupa para manter as atividades básicas, como pagamento de fornecedores e despesas com água, energia elétrica e manutenção das pesquisas nos seis campi. Em Diadema, campus que tem previsão orçamentária de R$ 5 milhões, a principal preocupação é em relação à manutenção dos trabalhos de pesquisa e extensão nas áreas de Ciências, Saúde e Meio Ambiente.

De acordo com o diretor do campus José de Alencar, em Diadema, professor João Alexandrino, o valor do orçamento é o mesmo há dois anos, não sendo considerados a inflação e o período de crise econômica. “Não estamos em situação ideal.” 




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