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Dirceu diz que 'errou', mas que não cometeu ato 'ilícito'
Por Do Diário OnLine
06/03/2004 | 13:45
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O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, revelou à revista Veja desta semana, ao comentar o escândalo do seu ex-assessor Waldomiro Diniz, que realmente cometeu um erro. "Cometi um erro e posso admiti-lo. Agora, não fiz nenhum ato ilícito", disse. Diniz foi flagrado em vídeo cobrando propina de uma empresário de loterias.

O ministro fez questão de exaltar o fato de que não vai abandonar o governo Luiz Inácio Lula da Silva no momento. "Eu não vou sair do governo. Eu não tenho nenhuma relação com esse caso, não tenho nenhuma dúvida com relação a isso. Não participei, não apoiei, não tinha conhecimento. Não devo sair. Devo continuar fazendo meu trabalho. Tenho a confiança do presidente, do meu partido e dos partidos que apóiam o governo. Tenho certeza de que a sociedade, com as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, chegará a essa conclusão", declarou o braço direito de Lula

De acordo com o ministro, o seu erro foi dar um voto de confiança a Waldomiro. No ano passado, quando surgiram as primeiras denúncias contra o assessor, Dirceu não o afastou do Palácio do Planalto pelo fato do próprio funcionário ter solicitado uma investigação. "Ele foi (investigado), mas nada constava contra ele. Porém, quem pode dar essa informação é o Gabinete de Segurança Institucional, que fez as investigações."

Por fim, Dirceu condenou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), já que no ponto de vista dele a intenção da oposição não é esclarecer os fatos, mas sim tirá-lo do Planalto. "Então, a CPI não é para investigar, é para me tirar da Casa Civil... É para imobilizar o governo. O que é isso? A que nível de irresponsabilidade vamos chegar? O que se pretende com isso? Temo que alguns setores da oposição estejam namorando com o perigo, com teses de desestabilização. Alguns movimentos indicam isso."

Demissão - José Dirceu confirmou que realmente deixou o cargo à disposição de Lula na semana seguinte ao escândalo. "Era meu dever. O cargo de ministro não é um emprego como qualquer outro (...) Mas ele, evidentemente, não aceitou."




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