Política Titulo Mauá
Sem pressão popular, Câmara de Mauá evita CPI das Almôndegas

Após dois protestos contra superfaturamento de merenda, sessão calma faz Casa se silenciar

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
17/08/2016 | 07:00
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Após duas semanas seguidas de protesto que exige a abertura de CPI das Almôndegas em Mauá, a sessão de ontem não registrou pressão popular. Com isso, a Câmara segue evitando a abertura de investigação sobre o superfaturamento de merenda escolar no governo do prefeito Donisete Braga (PT).

Há duas semanas, o primeiro protesto esquentou o clima no plenário, resultando, inclusive, em dois manifestantes detidos por desacato. Um deles ficou ferido. Os atos pela CPI foram convocados pela UJS (União da Juventude Socialista), coletivo do movimento estudantil ligado ao PCdoB, que em Mauá apoia a candidatura do deputado estadual Atila Jacomussi (PSB) ao Paço.

Na semana passada, o Legislativo mauaense voltou a ignorar as manifestações que pedem início das investigações das denúncias do Diário de que o governo Donisete passou a pagar o dobro (de R$ 10,30 para R$ 20) na aquisição de almôndega destinada à alimentação escolar municipal. Porém, os parlamentares aprovaram requerimento de informação formulado pelo governista Gil Miranda (PRB), que pede ao Executivo respostas às denúncias.

Presidente do Legislativo, Marcelo Oliveira (PT) negou que a Casa deseja engavetar a discussão. O petista alegou que, como o fato já está sendo investigado pelo MP (Ministério Público), não há necessidade de CPI. “A Câmara está fazendo a sua parte. Aprovamos o requerimento do Gil e agora esperamos resposta do governo”, justificou o dirigente.

O caso da almôndega culminou com a desistência de uma empresa, a Jade Comércio de Alimentos Eireli EPP, de fornecer o produto à Prefeitura de Mauá. Vencedora da licitação realizada pelo Paço na semana passada, a companhia desistiu do certame, ficando assim fracassada a concorrência pública. O governo ainda estuda se republica o edital, pela terceira vez, ou se celebra contrato emergencial (sem licitação). O acordo com a BH Foods Comércio e Indústria Ltda venceu há cinco meses. 




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