Ter o hábito de ler bastante e o domínio sobre a leitura não são necessários apenas para compreender os longos enunciados. Segundo Alberto Francisco do Nascimento, coordenador de vestibulares do Anglo, grande parte das questões do Enem exige interpretação de textos, gráficos e mapas. E é lá mesmo que o estudante pode encontrar as respostas. "Os jovens não estão lendo como deveriam, por isso, sentem mais dificuldade em fazer os exercícios", afirma.

Sem o hábito da leitura ninguém tem bons argumentos para fazer redação bacana que, no Enem, vale muitos pontos. De olho nisso, Pâmela Gomes da Cruz, 17 anos, de Santo André, preocupa-se em ler jornal todos os dias. "É só a professora falar em redação que o pessoal já faz cara feia. Muitos acham que é difícil, mas para escrever bem é preciso ler mais", diz.

Outra dica para se dar bem na redação é ficar de olho no noticiário e em tudo que gera discussão na sociedade. Os temas do Enem sempre têm cunho social. Basta lembrar das últimas edições: Trabalho na Construção da Dignidade Humana, em 2010, e O Indivíduo Frente à Ética Nacional, em 2009. De acordo com Alberto, a homofobia e o Código Florestal Brasileiro são possíveis assuntos a serem tratados neste ano.