Prefeito banca permanência do secretário Azor de Albuquerque no setor, alvo do Gaeco
O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), bancou a permanência de Azor de Albuquerque Silva (PT) no comando da Secretaria de Mobilidade Urbana, que, na quarta-feira, foi alvo de busca e apreensão do Gaeco ABC (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com base em inquérito que apura crimes de peculato (desvio de dinheiro público por parte de servidores) e falsificação de documento municipal.
A atuação de agentes do GOE (Grupo de Operações Especiais), da Polícia Civil, na sede da secretaria e em setores do Paço fez o governo cogitar possível troca no comando da Pasta. Porém, como a administração nem o Ministério Público divulgaram detalhes dos contratos investigados, tampouco as figuras públicas que são alvo do Gaeco, Donisete decidiu não demitir Azor.
Na operação, Gaecos da região e da Capital e promotores da cidade apreenderam vários documentos, computadores e alguns equipamentos eletrônicos. Até a agenda pessoal de um dos servidores da Pasta foi levada. Durante a operação dos policiais, os sistemas de telefonia e internet do Paço foram cortados, o que interrompeu o expediente na Prefeitura e ocasionou na suspensão do atendimento à população.
O Diário apurou que a promotoria da cidade já havia aberto ação civil pública contra a secretaria e o governo já vinha fornecendo esclarecimentos sobre o caso ao MP. A ida de quatro viaturas e de policiais armados aos setores da administração causou estranheza para alguns integrantes do governo e do petismo. A equipe da campanha de um dos principais adversários de Donisete, o deputado estadual e candidato do PSB ao Paço, Atila Jacomussi, divulgou nota à imprensa sobre o ocorrido. Assessores do socialista teriam acompanhado toda a ação do GOE.
A permanência de Azor no Paço evidencia que, mesmo após quatro anos sem mandato, o ex-vice-prefeito Paulo Eugenio Pereira Junior goza de prestígio na administração. Além de nutrir a confiança de Donisete, Azor é indicado de Paulo Eugenio no Paço. A manutenção também demonstra que o prefeito não está disposto a entrar em atrito com correligionários num momento em que buscará a reeleição sob forte fragilidade do PT.
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