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Consumidor não deve ser penalizado com fusão
Por Soraia Abreu Pedrozo
Tauana Marin
09/06/2009 | 07:00
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Para o economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) Marcel Solimeu, dificilmente, essa aquisição vai ser prejudicial ao consumidor. "Essa aquisição não é uma ameaça por dois fortes motivos. Primeiro porque há muita concorrência, muitas lojas e estabelecimentos comerciais, ou seja, não há monopólio. Em segundo está a questão da barganha. Quando duas grandes empresas se unem geralmente há redução de custos e os produtos são mais bem negociados, o que a longo prazo, pode inclusive fazer com que alguns itens fiquem mais baratos", explicou.

Solimeu acredita que, não haverá redução no quadro de funcionários, principalmente, os operacionais. "Para manter o número de lojas atuais e abrir novas não há como enxugar os funcionários. Isso pode acontecer nos cargos de chefia, diretoria, mas é uma hipótese", completou.

Teoricamente, avaliou João Paulo de Siqueira, professor da Escola de Negócios Trevisan, a concentração de oferta não é boa. "Mas, talvez, esta seja uma forma de uma grande rede se manter competitiva". Na realidade, não é possível saber, por ora, se os preços serão alterados e, ainda, se o resultado de bons acordos será repassado ao público.

Além disso, para Fernando Campello, gerente de contas da Hera Investment, o mercado de eletrodomésticos já é competitivo por si só, já que existem diversas lojas do ramo, como Casas Bahia, Lojas Americanas e Fast Shop. O consumidor, portanto, tem liberdade de pesquisa e local de compra.

OPINIÃO - Consumidores da região não temem a compra da bandeira Ponto Frio por parte do Grupo Pão de Açúcar. "Se estou acostumada a comprar em um lugar específico não tenho o porque deixar de consumir naquele estabelecimento. Acredito que a qualidade no atendimento e os preços vão continuar a ser os mesmos", explicou a dona de casa Solene de Oliveira, 42 anos, que completou, "no caso de eu notar que a nova aquisição fez os preços subirem ou a qualidade de compra cair, é fácil, compro em outra loja. Consumidor que é consumidor, pesquisa".

Dirce Bertoli, professora aposentada, 74 anos, também compartilha da mesma opinião. "Confiança vem em primeiro lugar. Acredito que quando duas grandes empresas, fortemente consolidadas no mercado, formam uma só, a tendência é que tudo melhore. Não me preocupo quando duas companhias de nome tornam-se uma".




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