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Lauro desqualifica rivais e projeta eleição de turno único

Prefeito se coloca superior a Maninho e Vaguinho na corrida pelo comando da Prefeitura: ‘Meu maior adversário sou eu mesmo’

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
09/06/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Em discurso cheio de confiança, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), desqualificou seus principais rivais políticos na concorrência pela Prefeitura, na eleição de outubro, os vereadores Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), e Vaguinho do Conselho (PRB), avaliando que pode emplacar reeleição já no primeiro turno do pleito.

O discurso foi feito ontem, em visita do verde à sede do Diário, ao ser indagado sobre atual cenário de embate pelo Executivo, que ainda tem como pré-postulantes o empresário Taka Yamauchi (PSD), o ex-prefeito Gilson Menezes (PDT) e o advogado Virgílio Alcides de Farias (Rede).

“Meu adversário sou eu mesmo. Vou trabalhar para terminar no primeiro turno. O Maninho é o mais fraco dos candidatos que o PT já teve e o mais histérico. Só sabe gritar. E o Vaguinho bebeu da água que eu não bebi e não beberei. Nunca me misturei com o PT. O projeto do Vaguinho não é dele. É projeto com o PT para ver se tira voto da minha candidatura à Prefeitura”, criticou Lauro.

O chefe do Executivo enfatizou que as razões da confiança no êxito são motivadas pelas realizações de sua gestão, além de falhas pontuais de seus principais adversários. No caso de Maninho, prevê que o petismo está desgastado e desunido, citando o distanciamento entre a bancada de vereadores e o presidente do partido e ex-prefeito, Mário Reali.

“O PT vai jogar um curinga nesta eleição (Maninho) para tentar fazer vereador. O Mário brigou com os demais vereadores e não sairá candidato (em outubro) a nada para deixá-los na mão, porque não apoiaram sua eleição a deputado federal (em 2014, quando fracassou na busca pela Câmara). Então, benfeito aos vereadores”, considerou o verde.

Já para Vaguinho, ele apontou incoerências do rival, classificando o projeto de pré-candidatura como auxiliar do petismo. “O Vaguinho está ao lado do Maninho. Ele também é do PT. Somou com o (José de) Filippi (Júnior, PT) em 2010 (campanha para deputado federal, em que foi eleito) e o Mário em 2012 (no processo eleitoral, quando fracassou na reeleição). Convidei o Vaguinho para ser secretário ou líder de governo e ele recusou. Quando não aceita e fica só reclamando é porque quer algo a mais. Ele conseguiu isso com o PT. Comigo não vai conseguir.”

O verde seguiu colocando em dúvida a pré-candidatura do republicano ao abordar sobre a disputa em torno do vice em sua chapa, que, até o momento, está em aberto. Lauro revelou procura de Vaguinho para compor dobrada, garantindo que a possibilidade não está descartada. Citou nomes que podem preencher a vaga, como o da ex-vereadora e ex-prefeiturável Maridite Cristóvão de Oliveira (PSDB), do vereador e ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB), do parlamentar Márcio da Farmácia (PV) e da presidente licenciada da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Diadema,Marilza Nagazawa (PSC).

“Ele (Vaguinho) me procurou para ser vice, várias vezes. Não descarto, estou estudando, tem vários nomes, Maridite, Zé Augusto, Márcio da Farmácia. O próprio DEM, que está formando chapa, a Marilza, que também veio me procurar. Quer dizer, se muita gente quer (ser vice) é porque ruim não está.”


Paço exonera concursado e gera polêmica em Diadema

A Prefeitura de Diadema, sob gestão de Lauro Michels (PV), demitiu o procurador público concursado Luiz Incerpi, decisão que causou polêmica na política da cidade. O procurador, que é filiado ao PTB, partido opositor ao governo Lauro, reclama de perseguição política e alegou haver erros no procedimento administrativo de sua exoneração.

“A demissão de um funcionário público efetivo só pode ser determinada depois de uma sindicância e processo administrativo em que são apresentados argumentos e ampla defesa. No meu caso, não recebi qualquer notificação para me defender”, acusou Incerpi.

No dia 3, o governo Lauro publicou no Diário Oficial a demissão de Incerpi descrevendo “violação aos deveres de honestidade e lealdade à administração, configurando improbidade administrativa” e pela prática das condutas vedadas. Relatou que a decisão obedeceu decisão do processo administrativo interno (número 26.823/2015).

Por nota, a gestão do verde argumentou que a sindicância disciplinar “teve seu trâmite regular, tendo dado a oportunidade para efetiva defesa do ex-servidor, mas ele não compareceu”. Destacou ainda que o teor do processo “está sob sigilo”, aos cuidados da Secretaria de Gestão de Pessoas, chefiada por Gesiel Duarte (PP).

Indignado com a decisão, o procurador informou que já acionou advogado para entrar com recurso contra demissão. Apresentou atestados médicos, cuja vigência era até 11 de julho, além de relatar inúmeras transferências e condições inadequadas de trabalho.

“Fui aprovado em concurso para ser procurador e durante o governo fui transferido para a Câmara e depois lotado na Pasta de Esporte, que não tinha nem espaço físico para computador. Isso comprova desvio de função e irregularidades quanto à nomeação do cargo. Principalmente porque fiquei sem receber honorários. Além disso, tive problemas de saúde e apresentei todos os relatórios de perícia para comprovar meu afastamento. E nada disso foi respeitado”, reclamou Incerpi, citando o secretário de Assuntos Jurídicos, Fernando Moreira Machado, como “um dos responsáveis” pela série de problemas na administração.

Crítico à gestão do verde, o procurador tomou suspensão de 60 dias, em agosto, ficando sem receber salário. 




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