Cinco pessoas – Michel Paes, 21 anos, Evela Luana Alves Pereira, 20, Washington Ferreira Amburuster, 32, e os irmãos Fábio, 27, e Odinei Baltazar, 29 – foram detidas enquanto recebiam o pagamento de um resgate de uma das vítimas.
Em uma única noite, os bandidos conseguiam seqüestrar até seis pessoas. Eles abordavam as vítimas em semáforos ou no portão de casa. Os valores pedidos giravam em torno de R$ 1,5 mil e R$ 10 mil. Segundo a polícia, a intenção dos seqüestradores era conseguir o dinheiro rapidamente, para não levantar suspeitas e não dar tempo à ação da polícia.
O depoimento de uma das vítimas, que pediu para ter a identidade preservada, descreveu que horas depois de ele chegar ao cativeiro, uma outra parte do bando surgiu com mais um seqüestrado, o que indica que o grupo negociava mais de um seqüestro ao mesmo tempo.
Os cinco seqüestradores presos, que faziam parte de um grupo de pelo menos 12 homens, segundo estimativa da polícia, foram presos no bairro do Sapopemba, na Zona Leste da capital paulista. Os agentes da Dise seguiram os criminosos, que acabavam de receber o resgate de um dos reféns, até a casa usada como cativeiro, onde eles foram rendidos — o imóvel fica a poucos metros da divisa de São Paulo e Santo André.
Foi constatado que o bando usava duas casas como cativeiro, ambas na região do Sapopemba. Uma delas, na rua Boa Família, 501, é a que foi usada como cativeiro do auxiliar-admistrativo João Pereira da Silva, liberado ainda na mesma noite, após pagamento de resgate. “Ameaçaram cortar minha orelha”, contou a vítima à polícia. O rapaz, que foi seqüestrado com uma amiga na noite da última quarta-feira, voltou na madrugada de quinta com os policiais para o local onde ficou nas mãos dos criminosos.
O proprietário da casa usada como cativeiro e os outros integrantes do bando estão desaparecidos. No entanto, os investigadores afirmam que já possuem pistas dos demais bandidos da quadrilha. Não foram encontradas as armas usadas pelo grupo. O dinheiro pago pelos resgates foi levado pelos integrantes da quadrilha que conseguiram fugir.
A polícia acredita que esse grupo é responsável por muitos seqüestros e raptos em série na capital e Grande ABC. A maioria deles, de acordo com a investigação, era paga até em objetos de valor.
Como suspeita-se que a quadrilha atuava na região há vários meses, o Departamento Anti-Seqüestro pede para que as pessoas que já tenham sido vítima desse tipo de ataque ou que reconheçam algum dos bandidos, procurem a Dise de Santo André (avenida Higienópolis, 431, bairro Valparaíso, telefone 4425-3535) para que possam ajudar no reconhecimento da quadrilha.
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