Casada com um ídolo do rock, reconhecida no cenário de jazz e reverenciada por seus fãs como uma estrela do pop. A cantora e pianista canadense Diana Krall – que se apresenta no próximo dia 2, a partir das 10h, no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, com entrada franca – reúne todos esses atributos.

Seu show é o destaque da primeira edição do Telefônica Open Jazz, festival que terá abertura dos brasileiros da Banda Mantiqueira e da Traditional Jazz Band.

Simpatia - Feliz com a carreira e a vida pessoal, Diana concedeu na manhã de terça-feira uma entrevista coletiva em um hotel paulistano. No encontro com os jornalistas, estava acompanhada pelo assessor artístico do evento, o musicólogo Zuza Homem de Mello. Deu várias demonstrações de simpatia e fez questão de ressaltar sua admiração por ícones da MPB, como João Gilberto, Tom Jobim, Dorival Caymmi e Elis Regina.

Perguntada sobre qual era a canção mais pedida durante os shows, respondeu com sinceridade. “Sempre me pedem Peel Me a Grape (em português, algo como ‘descasque uma uva para mim’). E eu nunca toco. Não procuro mais alguém para descascar uma uva para mim, porque sou uma mulher casada”, garantiu, aos risos, Diana.

Na letra da música, gravada no álbum Love Scenes (1997), ela pede a atenção e o carinho de um parceiro. Desde 2003, a cantora é casada com o roqueiro britânico Elvis Costello, com quem tem dois filhos: os gêmeos Dexter e Frank.

Sem afetação - Aclamada pelos leitores da revista norte-americana Downbeat como a melhor artista de jazz de 2007, Diana não demonstrou deslumbramento.

Sobre o show na Capital – em que será acompanhada pelo baixista John Clayton e o baterista Jeff Hamilton –, disse que irá tocar naturalmente, sem a preocupação de promover um disco. Seu trabalho mais recente é o CD From This Moment On, lançado em 2006.