O prédio da TAM Express atingido pelo Airbus na tragédia do dia 17 de julho pode ser implodido neste domingo.

A estrutura foi liberada pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), pela Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, subprefeitura de Santo Amaro, e só falta uma autorização da companhia aérea para a implosão.

“Serão usados 75 quilos de dinamite e o processo todo deve demorar três segundos. Só estamos esperando o ok da TAM”, afirmou Jair Paca de Lima, coordenador geral da Defesa Civil.

Familiares - De cabeças baixas e orquídeas nas mãos, um grupo de seis familiares de vítimas do acidente fez sexta-feira à tarde uma última vistoria no edifício. A TAM informou que iria conversar com os familiares e que poderia entregar à Defesa Civil o protocolo autorizando a implosão até a manhã de hoje.

A companhia confirmou que o terreno será cedido à prefeitura de São Paulo para a construção de um memorial em homenagem aos 199 mortos.

Os parentes quiseram ter a certeza de que nada mais poderia ser encontrado nos escombros, seja uma roupa, um óculos, uma lembrança.

Reunião - Terminou em tensão a reunião de parentes de vítimas do vôo 3054 com o vice-presidente de relações com os investidores da TAM, Líbano Barroso. Houve desentendimento, porque não se chegou a um consenso sobre a garantia de que a TAM pagaria as despesas de locomoção dos familiares durante o acompanhamento dos processos judiciais.