Política Titulo Entrevista
'Não temo disputar com Oswaldo e Volpi', diz Vanessa Damo

Pré-candidata a prefeita, deputada estadual Vanessa
Damo diz que petista precisa 'começar a trabalhar'

Por Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
26/10/2009 | 07:00
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Recém-chegada ao PMDB, depois de uma saída conturbada do PV, a deputada estadual Vanessa Damo já tem traçado seu caminho político: planeja conquistar, em 2012, o cargo ocupado por seu pai, Leonel Damo, em duas ocasiões. Pré-candidata a prefeita de Mauá, Vanessa diz que não teme enfrentar o petista Oswaldo Dias, que tentará a reeleição e o atual chefe do Executivo de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), que planeja mudar de domicílio eleitoral para concorrer na cidade vizinha. A parlamentar - que antes da empreitada municipal tentará renovar seu mandato de deputada, no ano que vem - adianta que adotará campanha propositiva, mas se for necessário irá apontar os problemas nas gestões de Oswaldo e Volpi, dois de seus principais desafetos políticos. De certo modo, já inicia os ataques: diz que o petista, depois de 11 meses, precisa "começar a trabalhar" e que a forma de trabalho de Volpi é totalmente diferente da dela. Insiste em dizer que não é justo ligá-la diretamente à gestão de seu pai, mas assegura que está pronta para defender o governo de Leonel Damo. "Seria uma comparação equivocada. Mas vou defender o que foi feito de positivo para a população."

DIÁRIO - Como a sra. entra no PMDB, em um cenário de pouca expressão do partido no Grande ABC?
VANESSA DAMO - O PMDB tem me recebido de braços abertos. Nossa ideia é expandir o trabalho do partido na região. Mesmo após sair do PV, continuo com a bandeira ambiental, saúde da Mulher, direitos do consumidor.

DIÁRIO - Seu eleitor consegue entender esta mudança de partido?
VANESSA - Consegue. O motivo pelo qual saí do PV foi por conta do desgaste que sofri na sigla. Não tinha como não mudar. E a escolha do PMDB foi pensada. O eleitor entendeu que meu trabalho estava sendo prejudicado no PV. Mas agora ele é página virada.

DIÁRIO - Chegou a hora de sair candidata a prefeita?
VANESSA - Eu não fujo da responsabilidade. Se for vontade da população e existir uma corrente que possibilite esta candidatura em 2012, vou avaliar com bastante critério. Seria possível, sim, contribuir como prefeita de Mauá. Meu foco está maior na disputa à reeleição como deputada estadual, no ano que vem, mas já me coloco à disposição do partido para a próxima eleição municipal.

DIÁRIO - Uma provável disputa com Oswaldo Dias seria pebliscitária, comparando o governo dele com o de seu pai, Leonel Damo (que governou de dezembro de 2005 a dezembro de 2008)?
VANESSA - Não. As pessoas já conseguem distinguir que Vanessa não é a mesma coisa que Leonel. Tenho muita admiração por meu pai, que me ensina muito, mas eu não estive na Prefeitura. Seria uma comparação equivocada. Mas é claro que há uma tendência em polarizar.

DIÁRIO - Mas está preparada para defender o governo de seu pai?
VANESSA - Estou pronta para defender o que foi feito de positivo para a população. Muitas ações foram extintas pelo governo Oswaldo, que aumentou água, aprovou cobrança de taxa de luz. Não dá para ele, depois de 11 meses, ficar criticando a gestão anterior. Precisa começar a trabalhar.

DIÁRIO - E a possibilidade de enfrentar também Clóvis Volpi, que pensa em concorrer em Mauá?
VANESSA - Ele tem se colocado como candidato. Mas eu não temo o Volpi. A forma de trabalho é totalmente diferente da minha. Não tenho nenhuma afinidade com o Volpi. Mesmo com pouca idade em relação ao Oswaldo e ao Volpi, tenho uma trajetória política.

DIÁRIO - Como fica a questão nacional, já que o partido dividiria a chapa como vice de Dilma Rousseff (PT), mas em São Paulo é aliado a José Serra (PSDB)?
VANESSA - Não estou preocupada com isso. É claro que o que o partido decidir em nível nacional irei seguir, mas acho que há a possibilidade de entendimento da realidade local. Aqui nós temos ligação grande com o governador José Serra.

DIÁRIO - Como surgiu a ideia, que virou lei, de obrigar os prestadores de serviço a programarem o turno da entrega de produtos?
VANESSA - Nos dois primeiros anos, fui integrante da Comissão de Direitos do Consumidor e percebi grande insatisfação com entrega de produtos. Muita gente ficava o dia inteiro e o produto não chegava. Agora eles serão multados se não cumprirem o prazo estabelecido. Fiquei feliz porque é uma lei muito importante.




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