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Venda de computadores desacelera 12% até março
Por Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
19/05/2009 | 07:00
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A crise financeira internacional, iniciada em meados de setembro do ano passado, afetou a venda de computadores no País no primeiro trimestre deste ano. A queda foi de 12%, segundo dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).

Nos três primeiros meses do ano, foram negociados 2,5 milhões de máquinas, sendo 1,5 milhão de desktops (máquinas de mesa) e 710 mil computadores portáteis.

Segundo Hugo Valério, diretor de informática da Abinee, a maior queda foi nas unidades de valor mais acessível, devido à forte dependência de crédito desse perfil de consumidor. "Com a escassez de crédito no mercado, quem não tinha condições de comprar o computador à vista, acabou adiando um pouco a aquisição."

Ainda assim, os compradores de máquinas de alto custo também colocaram o pé no freio com a crise financeira internacional. A grande justificativa foi o encarecimento dos componentes, que em boa parte são importados. "Junto com a crise, houve uma forte avaliação cambial. O produto final acabou ficando muito mais caro com a alta do dólar", explica Valério. "Os computadores sofrem muito a influência das oscilações do dólar no mercado." Outro fator agravante dos reflexos da crise foi o emocional. "A pessoa pensa em comprar e até tem o crédito, mas tem medo de perder o emprego e acabar não conseguindo honrar as parcelas."

As expectativas para esse mercado, no entanto, são positivas. A economia interna saudável deverá oferecer retomada das vendas já no próximo trimestre. "O varejo, que é o maior vendedor de computadores, já começa a dar sinais de reposição dos estoques", lembra Valério. "A expectativa é de que haja uma recuperação mais forte. Esperamos o mesmo número de vendas que no ano passado, de 12 milhões de unidades".




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