O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, atribuiu ao Congresso Nacional a responsabilidade de criar ou não condições para uma maior queda de juros no futuro. Diante das dúvidas sobre a aprovação das medidas propostas pelo governo para a tributação de poupança e ativos financeiros, ele usou sua participação no XI Seminário Anual de Metas para a Inflação, no Rio, para reagir de forma explícita. Ao ser questionado sobre o que o governo faria caso sejam rejeitadas pelos parlamentares as propostas de redução dos impostos sobre fundos e outros investimentos e de tributação da poupança, respondeu: "Se não se quer eliminar limites institucionais à queda da taxa de juros do País, é a decisão soberana do Congresso Nacional (...) Se não quiser remover, é porque a decisão soberana foi de que não quer queda de juros".

A rentabilidade da poupança é considerada um desses limites institucionais. A razão é a possibilidade de, com a queda de taxas de juros flutuantes, a caderneta concentrar os investimentos devido à taxa fixa de 6% ao ano mais TR, em prejuízo de outras opções, como títulos públicos e CDBs.