Economia Titulo Comércio exterior
Amorim discutirá estratégias para exportações na OMC
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03/11/2008 | 07:05
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O chanceler Celso Amorim irá discutir a partir de hoje na OMC (Organização Mundial do Comércio), em Genebra, estratégias para garantir um acesso melhor de exportadores a créditos e evitar, desta forma, que a crise financeira interrompa os fluxos de exportação.

Dados preliminares da OMC apontam que nem o Natal deve salvar o comércio mundial de uma estagnação. A entidade projeta uma interrupção do crescimento dos fluxos mundiais nos últimos três meses do ano. A estagnação, se confirmada, será a primeira em sete anos. A OMC, inspirada em uma proposta brasileira, convocou o Fundo Monetário Internacional, bancos e até o BNDES para uma reunião dia 12 com o objetivo de debater formas de destravar o comércio.

O Brasil, segundo analistas, seria um dos países mais atingidos por uma falta de crédito de exportação para o setor de commodities. Não por acaso, Amorim quer discutir com o diretor da OMC, Pascal Lamy, formas de facilitar esse acesso a créditos e flexibilizar condições para que o comércio não seja ainda mais afetado.

Na OMC, a estimativa era de que o comércio mundial teria um crescimento de 4,5% em 2008. A desaceleração nos Estados Unidos e Japão, além da recessão em algumas das maiores economias da Europa estão reduzindo de forma importante as demandas.

A quebra de empresas de brinquedos na China é, para a entidade, um sintoma dos problemas. Os chineses são hoje os maiores fabricantes de brinquedos do mundo e a falência de uma empresa em plena época de contratos fechados para o Natal é considerado como ‘revelador'.

Na Europa, empresas de carros fecham suas portas por algumas semanas diante da demanda fraca.

Nos Estados Unidos, as perspectivas são de um Natal desanimador. Estima-se que as vendas deste ano fiquem 2% menores, se comparadas com o mesmo período do ano passado.




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