As indústrias paulistas geraram 37 mil empregos nos dois primeiros meses do ano, o que significou uma alta de 1,69% em relação às vagas existentes em dezembro, segundo dados da nova pesquisa da Fiesp e do Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

O Grande ABC acompanhou, em boa parte, o ritmo do Estado, com a ajuda dos setores automotivo e de máquinas e equipamentos, que vêm contratando bastante.

Pelo levantamento, que colhe informações de empresas associadas ao Ciesp, a diretoria regional de Santo André (que abrange também Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) registou crescimento de 1,2% no emprego industrial neste ano.

A regional de São Bernardo ficou bem próxima, com alta de 1,1%, enquanto São Caetano teve acréscimo de 0,9% na geração de vagas no período.

Diadema foi a exceção no Grande ABC, ao apresentar eliminação (de 0,4%) de postos de trabalho na indústria.

Para o vice-prefeito desse município, Joel Fonseca, trata-se de algo sazonal (do período), que não deve ser uma tendência. No entanto, ele avalia que as pequenas indústrias podem ter sofrido com um aumento de concorrência. O gerente do departamento de economia da Fiesp, André Rebello, cita a forte entrada de produtos importados, que pode ter afetado os resultados das fabricantes dessa cidade.

No entanto, os números da região mostram a expansão gradual das contratações. Nos últimos doze meses, São Bernardo teve alta de 6,9% no emprego industrial, seguido por Santo André (5,2%) e Diadema e São Caetano (ambas com 3,8%).

“(O índice) só não é melhor pela dificuldade de se encontrar pessoal qualificado”, disse o diretor do Ciesp de São Bernardo, Mauro Miaguti.

As expectativas são promissoras. O empresário Claudio Musumeci cita que sua indústria, a Diamante Têmpera, sediada em São Caetano, ampliou em 25% o quadro de funcionários em um ano. Hoje são 150 empregados e ele prevê ampliar mais. “A demanda está muito forte”, disse.