A partir das 14h desta terça-feira, estará aberta a temporada dos grandes prêmios literários de 2008. Nesse horário, a Câmara Brasileira do Livro divulga os vencedores de 20 categorias do Jabuti, inclusive as mais nobres como romance, poesia e contos e crônicas. Trata-se do mais prestigioso prêmio das letras nacionais, hoje mais interessante pelo valor histórico (essa é a 50ª edição) que pelo dinheiro ofertado - meros R$ 3.000, quantia ínfima se comparada aos R$ 200 mil prometidos pelo Prêmio São Paulo de Literatura, instituído neste ano pela Secretaria Estadual de Cultura.

Em seguida, em outubro e novembro, o Brasil e o mundo serão inundados por listas diversas, todas apontando os melhores de sua época, privilégio que pode alterar a carreira de muitos escritores. Caso da antes desconhecida Anne Enright, irlandesa vencedora no ano passado do Man Booker, o mais importante prêmio literário da comunidade britânica. Há prêmios também que mudam radicalmente a rotina de certos escritores. Como o Nobel de literatura - José Saramago, vencedor em 1998, disse que, tão logo seu nome foi anunciado, sua tranqüilidade simplesmente deixou de existir, trocada por uma série de viagens pelo mundo.

Entre os dez finalistas do Prêmio Portugal Telecom, cinco concorrem ao Jabuti: Bernardo Carvalho, Beatriz Bracher e Cristóvão Tezza, entre os romances, Julián Fuks, entre os contos e crônicas, e Paulo Henriques Britto, na poesia.