Política Titulo São Bernardo
Marinho veta ida de
Cleuza para Câmara

Presidente do Legislativo de São Bernardo diz que
decisão do governo impede reunião com secretária

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
22/05/2014 | 06:44
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Nario Barbosa/DGABC


O presidente da Câmara de São Bernardo, Tião Mateus (PT), afirmou que a secretária de Educação, Cleuza Repulho (PT), não comparece à Casa para dar explicações sobre escândalos em seu setor porque o governo do prefeito Luiz Marinho (PT) não a autorizou.

“Ela (Cleuza) se colocou à disposição a todo momento. Ontem (terça-feira, em reunião do Orçamento Participativo na Vila do Tanque) mesmo ela disse que estava aberta (a ir para a Câmara). É questão de governo (o fato de a petista não explanar sobre problemas em sua Pasta a todos os vereadores). Não quero nem vou me meter em questões de governo. Mas ela não tem se negado a discutir com os vereadores”, disse Tião, evitando, entretanto, culpar Marinho pelo veto. “Não tem definição por parte do governo. Não é do prefeito, é do governo.”

O próprio chefe do Paço entrou no circuito para abafar sentimento de insatisfação na base de sustentação, que queria convocar Cleuza para comentar denúncias envolvendo a gestão da Secretaria de Educação. Se reuniu com os 20 parlamentares situacionistas em conjunto, depois conversou particularmente com cada um. Desde então, a Casa não falou mais sobre convidar a petista.

Ontem, o Diário mostrou que o Gaeco ABC (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, recorreu e novamente pediu prisão preventiva e afastamento dela do cargo no primeiro escalão na administração Marinho. A Justiça abriu ação penal sem essas recomendações do MP. Para a instituição, a presença da petista na vaga contamina o processo e a investigação de suposto superfaturamento em compra de mochilas e tênis – segundo o Gaeco ABC, houve desvio de R$ 4 milhões.

Apesar de dizer que Cleuza está à disposição para explanar sobre suspeita de fraudes na Pasta de Educação, Tião ontem não concedeu a palavra para que o oposicionista Julinho Fuzari (PPS) discursasse sobre o tema.

Pelo regimento interno da Câmara de São Bernardo, a maioria dos vereadores tem de autorizar o parlamentar a utilizar a tribuna para debater assuntos considerados relevantes. O plenário se dividiu ao avaliar a solicitação do popular-socialista e coube a Tião, como presidente da Casa, dar voto de minerva. “Esse assunto já está muito batido”, resumiu o petista, que foi contrário ao uso da tribuna. 




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