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Acredite se quiser

1 - José Sarney, presidente do Senado, senador pelo PMDB do Amapá, senhor do Maranhão, está sem dinheiro. Foi o que ele disse

Por Carlos Brickmann
28/10/2009 | 00:00
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1 - José Sarney, presidente do Senado, senador pelo PMDB do Amapá, senhor do Maranhão, está sem dinheiro. Foi o que ele disse: que não tem como manter a Fundação José Sarney porque com a avalanche de denúncias de que foi alvo cessaram as contribuições de empresas privadas. A fundação, instalada em São Luís num antigo convento que lhe foi cedido de graça por um governo amigo, e que armazena documentos, fotos e papéis diversos que nada lhe custaram, está sendo fechada. Como se recuperará a cultura brasileira desse duro golpe?
2 - José Múcio Monteiro, que está entrando no Tribunal de Contas da União, garante que, se houve Mensalão, seu partido, o PTB, estava fora. Múcio é um homem agradável, simpático, em Brasília todos gostam dele. Talvez por isso ninguém tenha lembrado que quem denunciou o Mensalão foi o presidente nacional do seu PTB, Roberto Jefferson; e que, na denúncia, Jefferson disse que recebeu R$ 4 milhões do PT, muito menos do que a quantia combinada, o que o irritou profundamente. Jefferson, a propósito, teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos pelo crime de denunciar o crime.
3 - Está tudo pronto para que o Senado aprove a entrada da Venezuela de Hugo Chávez no Mercosul. O parecer de Tasso Jereissati contra a adesão deve ser rejeitado. Nosso Senado não se perturba com insultos como os que lhe foram dirigidos pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, que o acusou de vender-se aos Estados Unidos. Como se sabe, só leva em conta os interesses nacionais.

A GRANDE FRASE
Disse José Sarney, ao anunciar o fechamento da fundação que leva seu nome por falta de recursos: "A gente vive de esmola".

A ESPERANÇA...
O presidente nacional do PMDB, Michel Temer, acredita que tem chance de derrotar Orestes Quércia na convenção do partido em São Paulo. Com isso, a aliança do PMDB paulista com o governador José Serra é destruída; e as articulações de Quércia com outras seções estaduais do PMDB serão liquidadas. Na verdade, Temer tem chances de derrotar Quércia em São Paulo. As mesmas que Honduras tem de vencer a próxima Copa do Mundo.

...É A ÚLTIMA...
A direção nacional do PMDB acredita que São Paulo e Pernambuco são seus problemas mais difíceis, e acha que não será impossível convencer as seções do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pará e Mato Grosso do Sul a aceitar a aliança com Dilma e o PT. Está sendo um pouco otimista demais. Mudar Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sem chance; Paraná, pode ser, dependendo dos voláteis humores do governador Roberto Requião; Mato Grosso do Sul também é possível, apesar da recente briga do governador André Puccinelli com o ministro Carlos Minc, com muitos insultos, baixarias e até ameaças de violência sexual.

...QUE MORRE
Quércia também acredita na possibilidade de converter seções estaduais à candidatura de Serra, e está se movimentando. Quércia, integrante do partido há uns 40 anos, sabe como conversar com seus correligionários. Uma coisa é certa: ganhe quem ganhar, terá o integral e entusiástico apoio do PMDB e de suas bancadas no Congresso, mediante a retribuição política de praxe.

A HISTÓRIA...
As confissões de Juanita Castro, irmã e inimiga de Fidel e Raúl Castro, confirmam algumas suspeitas e lançam luz sobre a história: segundo diz, trabalhou mesmo para o serviço secreto americano, a CIA, e forneceu informações que ajudaram os EUA na crise dos foguetes, de 1962, quando a guerra atômica parecia próxima. Do que nem sequer se desconfiava foi a maneira pela qual chegou à CIA: foi levada por Virgínia, mulher do embaixador brasileiro em Havana, Vasco Leitão da Cunha. Diz Juanita que o casal dava abrigo aos seguidores de Fidel na Embaixada brasileira, antes da vitória da revolução, e que o embaixador se deu muito bem com os novos governantes cubanos. Porém, à medida em que Fidel se aproximava dos comunistas, Leitão passou à oposição. A Embaixada brasileira passou a dar abrigo a perseguidos pelo regime castrista e a colaborar com a CIA. Traduzindo, violou duas vezes a autodeterminação cubana. Como se vê, o caso Zelaya tem precedentes.




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