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Rodoanel deve seguir cronograma
Por Juliana de Sordi Gattone
Do Diário do Grande ABC
18/11/2007 | 07:33
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Se depender da velocidade das obras, o trecho Sul do Rodoanel Mário Covas seguirá o cronograma já anunciado pelo governador José Serra (PSDB) e ficará pronto em 870 dias.

A reportagem do Diário sobrevoou, na semana passada, toda a extensão do trecho – composto por 61,4 quilômetros – na companhia do deputado estadual Orlando Morando (PSDB), membro da Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa.

De cima, já é possível ver todo o traçado da rodovia, canteiros de obras e clarões abertos. Até mesmo as pontes que atravessarão a Represa Billings, e as águas dos parques do Bororé e do Jaceguava já estão em andamento.

Embora as áreas mais aparentes ainda passem a impressão de que as obras estão em ritmo normal, nos locais de menos acesso o governo trabalha noite e dia. Não há feriado e nem fim de semana que faça as empreiteiras paralisarem a construção. Tudo para seguir a ordem do governador, que espera inaugurar o trecho Sul antes de se licenciar do cargo, em 2010, para concorrer ao cargo de presidente da República.

“Pelo andamento da obra, tenho a confiança de que o prazo será cumprido. A velocidade para isso é visível”, avalia Morando, que já se comprometeu a fazer um outro sobrevoou em seis meses. “Quero que a população veja o que está sendo feito”, avisa.

O deputado garante que o andamento do projeto tem sido acima da expectativa, principalmente no que diz respeito às desapropriações. “Pouquíssimas foram parar na Justiça. Na maioria dos casos, os acordos foram feitos sem a necessidade de mediadores”, comemora.

Pedágio - O deputado garante que o trecho Sul não será pedagiado. “Não há necessidade. A não ser que haja pressão para incentivar a construção do trecho Norte, ainda em fase de projeto. Hoje, posso garantir que a obra será inaugurada sem pedágio.” No entanto, Morando pondera: “É melhor pagar pedágio do que enfrentar o trânsito”.

Segundo o deputado, em avaliações feitas pela Comissão de Transportes, foi apontado que as empresas de logística preferem pagar uma pequena tarifa para transitar pelo Rodoanel a enfrentar o congestionamento da Região Metropolitana. “Assim, cai o discurso dos defensores da tese de que os caminhões irão preferir as vias internas, caso os trechos sejam pedagiados”, afirma e acrescenta: “Todo mundo é contra, mas, se colocar, os motoristas não mudarão o rumo. Até porque o trecho é o único que leva ao Porto de Santos”.

Morando explica que enquanto o trecho Oeste apenas faz a ligações de rodovias, o trecho Sul faz o escoamento do trânsito.

Vôo - A aeronave utilizada sobrevoou a aproximadamente 150 quilômetros por hora, cerca de 110 nós. O trajeto – da alça da Via Anchieta ao trecho Oeste do Rodoanel e da Rodovia Régis Bittencourt até a Avenida Papa João XXIII, em Mauá – foi realizado em 30 minutos.

Segundo Morando, quando a via estiver pronta, o motorista, a cerca de 120 quilômetros por hora, poderá fazer o trajeto de Mauá ao trecho Oeste em 30 minutos. “O Grande ABC será outro após o Rodoanel”, avalia.

Para ele, o ponto positivo é o crescimento econômico da região. “Além de incremento nos empreendimentos residenciais, já que os preços quase dobraram no Grande ABC, há ainda o atrativo industrial”, afirma.

Morando acredita que na próxima década a região não terá um palmo de terra sobrando, com exceção das áreas de mananciais.




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