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Meningite

Meningite é a inflamação das membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser causada por bactérias...

Por Leo Kahn
07/05/2009 | 00:00
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Meningite é a inflamação das membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos, protozoários e outros.

Geralmente está associada a um quadro infeccioso respiratório - podendo ser viral ou bacteriano - otites, amigdalites, trauma cranioncefálico. Estados de imunossupressão, como aqueles desencadeados pela infecção pelo HIV, podem tornar o indivíduo mais suscetível a apresentar este tipo de doença, principalmente quando a meningite for desencadeada por fungos ou protozoários.

A meningite meningocócica é uma das que causa maior impacto na população, pelo potencial de acometer de forma rápida e fulminante pessoas saudáveis, na sua maioria crianças, e pelo risco de desencadear epidemias.

Estima-se a ocorrência de pelo menos 500 mil casos de doença meningocócica por ano no mundo, com cerca de 50 mil óbitos. Com evolução rápida, a meningococcemia pode ter letalidade de até 40%. Geralmente acomete crianças e adultos jovens, mas em situações epidêmicas, a doença pode atingir pessoas de todas as faixas etárias.

No Brasil, a doença é endêmica com casos esporádicos durante todo o ano, principalmente no inverno, com surtos e epidemias ocasionais. As maiores epidemias registradas no País ocorreram na década de 1970; nos últimos 20 anos foram notificados, no Brasil, cerca de 80 mil casos.

SINTOMAS:

Cefaleia intensa, náuseas, vômitos em jato, rigidez de nuca e certo grau de confusão mental. Também há sinais gerais de um quadro infeccioso, incluindo febre alta, mal-estar e até agitação psicomotora.

O médico faz o diagnóstico pela história e exame físico completo do paciente. A confirmação diagnóstica das meningites é feita pelo exame do líquor, o qual é coletado através de punção lombar.

DICAS:

A meningite meningocócica é causada pela bactéria meningococo, que vive no nariz e na garganta, mas a maioria não fica doente (portadores assintomáticos).

A transmissão direta pode ser por meio de contato íntimo, como o beijo ou através de secreções expelidas pela fala, tosse ou espirro.

A transmissão indireta, por intermédio do ar ou de objetos, praticamente não existe. O meningococo não resiste à umidade, ao oxigênio e às mudanças de temperatura. Também não sobrevive mais do que alguns minutos fora do organismo. Por isso, não é necessário desinfetar ou interditar o local, sendo suficiente mantê-lo limpo e arejado.

Para evitar estas e outras doenças de transmissão respiratória como resfriado, gripe etc, é preciso evitar aglomerações e locais fechados, sem ventilação.

Nas crianças menores nota-se irritação, choro constante e abaulamento da fontanela (moleira alta).

É importante diagnosticar a doença o mais rápido possível e iniciar o tratamento imediatamente. Quanto mais cedo, maiores as chances de cura. A maioria dos casos tem cura, sem deixar sequelas.

Quando surge um caso de meningite meningocócica, as secretarias municipais de Saúde fornecem medicamentos contra o meningococo às pessoas que convivem com o doente, já que elas podem ser portadoras assintomáticas. Assim que inicia o tratamento, o doente deixa de ser fonte de infecção.

A meningite meningocócica é contagiosa e pode causar epidemias. Mas a princípio é uma doença endêmica, isto é, sempre existem casos. Só que o número de casos é maior durante o outono e o inverno.

Quando o número de casos de meningite (só do tipo meningocócica) atinge níveis de epidemia é indicada uma campanha de vacinação e a vacina deverá ser liberada pelo Ministério da Saúde, após avaliação do cenário.

O fato de ocorrer um caso de meningite numa escola não significa que o transmissor foi um aluno. Pode ter sido qualquer pessoa que teve contato com o doente.

A primeira coisa a fazer é procurar um médico, ou posto de saúde ou o hospital mais próximo, sem perda de tempo.

Entrar em contato com o centro ou posto de Saúde mais próximo, para saber se o caso já foi notificado e solicitar orientação.

É fundamental evitar o pânico entre os professores, alunos, pais e responsáveis e solicitar a presença de profissionais de saúde para os esclarecimentos necessários.




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