O termo ‘novo normal’ ganhou força com o passar dos dias de isolamento. A pandemia de Covid-19 afetou tanto o planeta e as relações entre os seres humanos que é cada vez mais difícil tentar projetar como será o convívio das pessoas quando tudo isso passar. 

Economia em frangalhos, distanciamento, isolamento físico, uso de máscaras, medo de contágio, desespero pela aquisição de respiradores, a busca por uma vacina. Todas essas questões permeiam a maior parte do noticiário e até mesmo das conversas. Vale dizer que o ato de conversar também mudou. Aplicativos de mensagens e de imagens se incorporaram ao cotidiano. 

Projetar o futuro pós-Covid-19 foi proposto pela equipe deste Diário a moradores do Grande ABC. Dentre as perspectivas está o desejo de abraçar pessoas para recuperar o tempo perdido. Por outro lado, há quem pense em conservar parte dos ensinamentos dos tempos de pandemia, como o maior cuidado com a higiene ou a manutenção de um espaço seguro dos demais indivíduos quando estiver, por exemplo, com uma gripe.

Os funcionários das grandes montadoras da região começam a viver situação que pode muito bem ser classificada como o ‘novo normal’ com o retorno às atividades depois do período em que as fábricas ficaram paralisadas em virtude do vírus.

Amanhã, duas delas retomam as atividades. Na Mercedes-Benz, um ambulatório de campanha foi adicionado à planta. Espaço contará inclusive com os ventiladores mecânicos, necessários para manter a vida dos que são infectados e perdem a capacidade pulmonar. 

Na GM, outras medidas foram tomadas. Dentre elas, maior distanciamento dos operários no restaurante e nos ônibus fretados, uso de máscaras e álcool gel. 

Com tantos cuidados, o chão de fábrica certamente também não será mais o mesmo. Nem as linhas de produção, repletas de robôs, sensores e outros dispositivos ultramodernos, ficarão inertes ao novo coronavírus.