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Prisco rebate críticas e ensaia fazer oposiçao
Gilberto Bergamim Jr
Da Redaçao
04/10/2000 | 00:04
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  O ex-prefeito Valdírio Prisco (PMDB), derrotado nas urnas no último domingo pela prefeita reeleita Maria Inês Soares (PT), rebateu as críticas da petista, segundo quem os mandatos do pemedebista em Ribeirao Pires "foram medíocres e de mesmice". Com oito vereadores eleitos na chapa proporcional, Prisco enfocou que conseguiu eleger maioria na Câmara, o que, em princípio, significa uma base oposicionista na Casa no próximo mandato de Maria Inês.

Maria Inês afirmou também que Prisco nao deveria "nem mesmo entrar nas eleiçoes para nao sofrer o vexame do resultado". "Ele já está morto politicamente", declarou a petista no último domingo.

"De maneira rancorosa e personalista, a prefeita desdenha nossa participaçao eleitoral como vexatória. Ao contrário disso, representamos grande parcela da populaçao descontente com a atual administraçao. Fizemos uma campanha cívica, que reuniu nove partidos e quase 90 candidatos. Destes, conseguimos eleger oito", afirmou Prisco em carta ao Diário.

O pemedebista afirmou que Maria Inês foi arrogante em suas declaraçoes e que as açoes da prefeita indicam desprezo à diversidade de opiniao. Prisco alegou que esta diversidade é algo necessário ao fortalecimento do processo democrático.

"Vexatória foi a participaçao dela nos debates, onde deixou de esclarecer os excessivos gastos com os funcionários comissionados, demonstrou desconhecimento da origem da dívida do município e nao justificou o aumento de R$ 30 milhoes para R$ 58 milhoes desta dívida em sua gestao", disse.

Segundo Prisco, o resultado das eleiçoes nao representa a aprovaçao unânime do governo petista pela populaçao de Ribeirao Pires. "A eleita deve considerar que participou de um pleito numa condiçao a qual seu partido é contra: a reeleiçao. Pode-se entender que isso é um casuísmo eleitoral onde o poder da máquina administrativa prevalecia", afirmou.

Prisco disse que seu governo nao sofreu nenhuma improbidade administrativa e que nao há nada que o torne inelegível. "Nao houve nenhuma irregularidade apontada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) que me proibiu de participar das eleiçoes, prova disso é a minha atuaçao neste pleito."

A rejeiçao das contas em sua gestao (1993-97), segundo o pemedebista, ocorreram por falhas administrativas sanáveis, em que foram apresentados recursos para esclarecimento junto ao TCE.

O parecer desfavorável das contas de Maria Inês Soares referentes ao exercício de 1998 e publicada no Diário Oficial no último dia 27 de setembro também foi usado como argumento pelo ex-prefeito. "Só nao usamos esse fato na campanha porque sabemos que para isso cabe recurso. Mas a verdade é que as declaraçoes dela sao dor de cotovelo de quem somente reformou o que foi feito em minha gestao."




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