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Junho Vermelho incentiva doação de sangue na região

Recesso escolar e temperaturas baixas motivam queda de até 15% nos estoques no Grande ABC

Flávia Fernandes
Do Diário do Grande ABC
10/06/2019 | 07:23
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Nario Barbosa/ DGABC


Doe Sangue, Doe Vida. Esse é o slogan da Campanha Junho Vermelho, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue por meio de cartazes em locais públicos e palestras em escolas e empresas no período que é conhecido por apresentar queda no número de doações devido ao início das férias escolares e das temperaturas baixas. A Colsan, associação que controla quatro postos de coleta na região, afirma que há queda de aproximadamente 15% no recebimento de sangue nesta época do ano.

Apesar da diminuição pontual nos meses frios, os estoques de sangue costumam permanecer abaixo do necessário para atender de forma eficiente todos os hospitais conveniados com a associação. No mês de maio, por exemplo, o ideal seria o recebimento de 6.560 doações para atingir a meta estipulada de bolsas de sangue, no entanto, as quatro unidades da Colsan no Grande ABC alcançaram 4.924 doações, 1.636 a menos do que o esperado.

“O ideal seria que as doações atingissem, pelo menos, 80% da meta para que conseguíssemos manter um estoque de 15 a 20 dias”, explica a gerente regional da associação no Grande ABC, Solange Rios. No Hemocentro Regional de São Bernardo, o estoque tem durado, em média, apenas dez dias, segundo a supervisora de processamento do local, Ingrid de de Oliveira. “O tipo O-, que é o doador universal, está durando uma semana. Só com esse tipo conseguimos atender as demandas de urgência em que a pessoa se encontra em estado de choque, por exemplo”, alerta.

Outra dificuldade apontada pela associação é a data de validade das plaquetas coletadas no sangue, que tem tempo de uso de apenas cinco dias. As bolsas são utilizadas em pacientes com câncer que apresentam deficiência devido ao tratamento contra a doença. “Temos, em média, 20 a 30 doadores por dia, mas o mínimo necessário seriam 100 doadores”, revela Neuci Couto, responsável pela captação no Hemocentro.

Um dos doadores frequentes do local é o auxiliar administrativo Wilson Elias Campos, 30 anos, que afirma praticar o ato continuamente desde o ano passado. “Na minha família teve alguém que precisou da doação. Hoje, a cada três meses, estou aqui doando. É satisfatório ajudar alguém.”

A vendedora Gisele Raquel Barros, 28, também é exemplo quando se trata de ajudar o próximo. “Doei a primeira vez há um tempo atrás quando uma amiga precisou. Hoje (quinta-feira, dia 6) é meu aniversário e estou aqui dando de presente a minha doação. É um jeito de salvar vidas. É uma sensação única”, confessa.

Para doar, é necessário ter entre 16 e 69 anos e estar em boas condições de saúde. Não é necessário agendar o ato, apesar do aplicativo Time do Sangue realizar essa função para agilizar o processo de quem deseja fazer o procedimento.
 




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