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Simulaçao aprova equipe de resgate de Interlagos
Do Diário do Grande ABC
18/03/2000 | 14:24
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Como manda a regra, a equipe de resgate e médica do GP do Brasil de Fórmula 1 simulou neste sábado o atendimento a um "piloto acidentado" em Interlagos. Desde a "pancada" no muro na reta dos boxes até os primeiros socorros 38 segundos se passaram, enquanto o helicóptero demorou 4 minutos para chegar ao Hospital Duprat, para onde serao encaminhados os acidentados. Marcas que o coordenador médico do GP, Joao Makovinic, considerou "boas."

Sete carros da escola de pilotagem de Aldo Piedade, ex-piloto, "disputaram" uma corrida. O primeiro exercício foi a retirada de um concorrente que nao largou. Interlagos apresenta uma séria dificuldade para a direçao de prova: para remover um veículo do grid é preciso empurrá-lo até a entrada de box porque nao há outra saída. Se por alguma razao os comissários tiverem qualquer problema para a remoçao, é necessária a presença do Safety Car na competiçao, até que o carro seja retirado. No teste, por tratar-se de um veículo mais fácil de deslocar que um da F-1, nao houve dificuldades.

Durante a "corrida", um piloto simulou bater no muro em frente aos boxes. A equipe de resgate chegou em 38 segundos. Quase ao mesmo tempo uma ambulância se aproximou com os médicos. "Gostei da forma como eles enfrentaram o estresse natural desses exercícios", disse Makovinic, orientador do grupo. "Os procedimentos de imobilizaçao foram seguidos com perfeiçao." Há uma certa distância entre o que se fez hoje em Interlagos e o que pode ocorrer durante a realizaçao do GP de F-1.

Os bancos dos pilotos da F-1 sao únicos, concebidos especialmente para seus carros. A conduta de imobilizaçao difere da de todos os demais. "Terça-feira receberemos esse banco (usado desde o ano passado na F-1) para treinarmos a equipe", disse Makovinic. Se o simulado foi facilitado pela ausência do banco, a impossibilidade de retirar o volante no carro utilizado dificultou bastante a açao dos comissários.

"O acesso ao piloto num carro de F-1 é bem mais fácil", diz o médico, que durante o GP trabalhará sob a orientaçao de Sid Watkins, médico da F-1 desde 1978.

Dentre as novidades da pista este ano está a construçao de algumas vias de acesso a pontos onde a probabilidade de um piloto se acidentar é maior, como no caso do início da Reta Oposta, no chamado Muro do Berger. "Entre a barreira de pneus e o término da caixa de brita há uma faixa para o deslocamento dos veículos de serviço", explica o diretor da prova, Carlos Montagner. "É sem dúvida um fator a mais de segurança."




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