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Caixão de aposentado tinha 2,22 m, admite ABCel
Por Fabio Leite
Especial para o Diário
02/11/2005 | 07:25
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O caixão utilizado para o enterro do aposentado Natal Laecir Valentini, 65 anos, superava em 12 cm no comprimento e 14 na largura as medidas do jazigo do cemitério municipal Santa Lídia, em Mauá, conforme admitiu a empresa funerária ABCel. A urna foi sepultada na tarde de segunda-feira a marretadas após ter ficado entalada na entrada do túmulo.

Terça-feira, o diretor da empresa funerária de São Caetano, Domingos Sávio Roggério, afirmou que, embora tivesse 1,85 m e 90 kg, o corpo de Valentini não coube na urna padrão, que mede 1,98 m por 60 cm. "Após o falecimento, o corpo enrijece e a pessoa estica. Minha obrigação é que o corpo caiba confortavelmente dentro do caixão", alega. Valentini morreu no domingo com complicações na vesícula.

Rogério disse que o caixão media 2,22 m por 74 cm. O túmulo, informou o cemitério, tem 2,10 m por 60 cm. Os coveiros tiveram de quebrar as paredes do túmulo e chegaram a rachar o caixão diante dos parentes, atrasando o enterro em uma hora e meia. A ação revoltou os familiares, que disseram que vão processar o cemitério por constrangimento.

Segundo diretor da funerária, a falha deve-se ao cemitério, que foi avisado das dimensões do caixão. "Nós os avisamos. Era só ter medido a urna e colocado num jazigo com as dimensões necessárias."

Já o chefe de divisão do serviço funerário do cemitério, Geraldo Laurentino da Silva, nega que seus funcionários tenham sido informados. "Não foi passada nenhuma medida para a gente. Senão teríamos enterrado na grama", afirma. Silva alega que o caixão que levava Valentini não passou pela fiscalização do cemitério. "Como é serviço particular, muitas vezes eles nem chegam a passar pela administração e deixam a urna direto no velório. Quando vem com tamanho diferenciado, a gente mede e troca", afirma.




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