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Rapaz acusado de matar namorada em S.Caetano é preso no Nordeste
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
13/05/2005 | 08:11
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O açougueiro Joelson Rodrigues Pena, 28 anos, foi preso quarta, na Paraíba, acusado de matar a namorada, a dona-de-casa Darci Anaide de Almeida, 56, no bairro Fundação, em São Caetano. O crime aconteceu na casa dela, em 10 de setembro de 2003, após a mulher descobrir que o namorado havia violentado e engravidado sua filha, portadora de deficiência mental parcial.

Pena estava escondido num sítio de parentes em Tavares, cidade no interior da Paraíba. Dois investigadores do 1º DP de São Caetano viajaram ao Nordeste para fazer o translado do açougueiro, que tinha prisão temporária decretada pela Justiça de São Caetano. O acusado chegou na madrugada desta quinta e está preso na Cadeia Pública da cidade.

O açougueiro e a dona-de-casa, que era separada, conheceram-se em julho de 2003 e começaram a namorar. Eram vizinhos. Pena vivia em um cortiço da avenida Doutor Rodrigues Alves, no bairro Fundação, bem em frente à residência de Darci.

Segundo a polícia, Pena costumava esperar que Darci adormecesse para invadir o quarto de V. e violentá-la. A polícia não soube precisar quantas vezes isso aconteceu.

De acordo com investigações policiais, a dona-de-casa descobriu a gravidez da filha, V.A.A., 26 anos, em 8 de setembro, dois dias antes do crime. Ela desconfiou dos enjôos da moça, que delatou o açougueiro.

No dia 10, Darci contou ao açougueiro o que havia descoberto e lhe disse que iria denunciar às autoridades a violência cometida contra a filha.

Segundo a polícia, durante a discussão Pena foi até a cozinha, pegou uma faca e a introduziu no pescoço da dona-de-casa com “precisão cirúrgica”, segundo laudo feito por médicos do IML (Instituto Médico Legal). Saiu da residência e fugiu. V. não morava mais com a mãe e estava sob cuidados da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de São Caetano, condição em que permanece até hoje.

O assassinato só foi descoberto pela polícia dois dias depois. Uma amiga e vizinha da dona-de-casa desconfiou que alguma coisa havia ocorrido por não ver Darci durante esse tempo e constatar também que a residência permanecia fechada.

Ao entrarem na casa, policiais encontraram a dona-de-casa no quarto, em cima da cama, em estado inicial de putrefação. Segundo a polícia, a perfuração no pescoço não foi percebida de início e não havia marcas visíveis de sangue. Por conta disso, o caso foi registrado como “morte a esclarecer” no 1º DP de São Caetano. Pena teria usado suas habilidades como açougueiro para fazer a perfuração.

O homicídio só foi evidenciado após laudo do IML. Depois que a polícia recolheu provas testemunhais contra Pena, além de constatar a gradivez de V., a Justiça de São Caetano decretou a prisão do açougueiro. No primeiro semestre do ano passado, o filho de V. nasceu saudável e foi adotado por uma família.

Quarta pela manhã, a polícia de São Caetano descobriu o paradeiro de Pena e enviou ofício à polícia da Paraíba, solicitando a realização da prisão no sítio. Quando os policiais paraibanos chegaram no local, Pena se surpreendeu, mas não resistiu à prisão.

O açougueiro declarou que, no tempo em que estava foragido, trabalhava como servente de pedreiro durante o dia e, à noite, cursava supletivo duas vezes por semana.




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