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Jovens infratores de Mauá têm sede nova
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
07/05/2005 | 12:32
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Os 50 adolescentes autores de atos infracionais de Mauá têm sede nova. O atendimento, que antes era semanal e feito em uma sala da Secretaria de Assistência Social de Mauá, passou a ocorrer desde o início da semana num espaçoso sobrado na Vila Guarani. Assim que sobem a escada, os jovens são recepcionados em uma sala de visitas. Com sofás e estante com livros, a aparência de aconchego é o diferencial.

“Houve necessidade de um imóvel maior para que passássemos a atender os adolescentes em Liberdade Assistida”, afirma Renata Fogaroli, coordenadora do Cedeca, ONG (Organização Não-Governamental) fundada em dezembro de 2002 em Mauá e que passou a atender os jovens que cumprem a medida socioeducativa em meio aberto. O Cedeca atende também cerca de 300 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. A entidade oferece atendimentos psicológico e jurídico e oficinas de leitura e de capoeira.

Até o mês passado, antes da municipalização dos serviços, o atendimento aos adolescentes entre 12 e 18 anos incompletos era feito pela equipe técnica do Posto Grande Sul da Febem, com sede em Santo André.

Os jovens em Liberdade Assistida de Mauá estão conhecendo o novo espaço. “Não deixa de ser um processo de ruptura de um tipo de atendimento para outro”, afirma Renata. Cinco educadoras do Cedeca atendem os adolescentes de segunda a sexta-feira. Eventualmente, se houver necessidade, o serviço também será prestado aos sábados.

A Febem repassará ao Cedeca mensalmente R$ 120 por garoto assistido. O que representa R$ 6 mil por mês. Se a municipalização da medida tivesse sido fechada diretamente entre Febem e Prefeitura de Mauá, o valor do repasse cairia para R$ 60 por jovem.

A coordenadora do Cedeca, Irene Aparecida Silva Ferreira, no entanto, negocia ainda uma contrapartida financeira com a Prefeitura para que os adolescentes possam participar das oficinas oferecidas. O prefeito interino de Mauá, Diniz Lopes, disse recentemente ao Diário que deve fechar a parceria com o Cedeca.

“Com a municipalização da medida, o adolescente passa a ser atendido na sua comunidade. O programa de Liberdade Assistida nada mais é do que a construção do projeto de vida do adolescente”, afirma uma técnica da Febem.

Espera – O Cedeca (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente) de Mauá e a Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) fecharam convênio após dois anos de negociação. Cinqüenta jovens, principalmente os egressos da Febem, têm agora uma referência junto à comunidade.

Na região, além de Mauá, São Bernardo e Santo André municipalizaram a medida socioeducativa em meio aberto, a Liberdade Assistida. São Caetano, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra terão de seguir o mesmo caminho, conforme acordo firmado em fevereiro do ano passado entre o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e o governador do Estado, Geraldo Alckmin.




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