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Pedro Piquet é bicampeão da F-3 e faz alegria do pai, Nelson

Tricampeão mundial de F-1 se emociona com conquista do filho e projeta dois anos na Europa

Por Dérek Bittencourt
14/09/2015 | 07:00
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Dérek Bittencourt/DGABC


Ser filho de tricampeão de Fórmula 1 e tentar seguir os passos do pai não devem ser tarefas das mais fáceis. Mas Pedro Piquet mostrou neste domingo que não herdou apenas o sobrenome do genitor, mas também o talento. Em Campo Grande, o jovem de 17 anos venceu a corrida na Fórmula 3 e sagrou-se campeão com quatro provas de antecedência, para delírio do patriarca, que à frente do pódio fotografava o filho e vibrava como outro qualquer.

E a conquista de Pedro foi absoluta. Das 12 corridas da temporada, venceu dez – nas duas outras teve problemas mecânicos. Ainda tem quatro pela frente, mas a vantagem é tão grande que ele pode se dar ao luxo de apenas treinar para 2016. Aliás, foi o segundo filho de Nelson a ter uma conquista em 2015, afinal o mais velho, Nelsinho, levantou o título da primeira temporada da Fórmula E, em junho. E o sucesso dos herdeiros traz sentimentos diferentes para ele, independentemente dos três títulos mundiais, além de tantos outros.

“Os filhos ganhando a emoção é maior. Dentro do carro você faz o trabalho e não sente a coisa acontecer. Quando vê de fora o filho ganhar, e desse jeito, sem errar e dar chance a ninguém, a gente fica mais alegre ainda. Foi ganhado, não foi por acaso”, disse Nelson Piquet, que acompanhou a corrida com o rádio comunicador em contato com Pedro. “Só falamos na hora do safety car e no fim, quando meu deu parabéns”, contou o bicampeão da Fórmula 3 pela equipe Cesário.

Agora, o futuro do jovem será no Velho Continente. Em breve, ele embarcará para a disputa da F-3 europeia, competição muito mais longa e disputada – por aqui são apenas 16 corridas e entre 12 e 21 carros, dependendo da etapa. “Lá vai ser barra pesada, outra realidade, 38 carros, 33 corridas, estamos programando para fazer dois anos. Não sei em qual time vai correr, mas se não arranjar um bom, faço um lá”, comprometeu-se o pai. “Se eu fizer lá o que fiz aqui, estarei na Fórmula 1 no outro ano. Acho que isso não vai acontecer, mas vou tentar ser o máximo competitivo, me esforçar ao máximo, buscar o limite, porque vou precisar disso”, emendou Pedro.

Aliás, o caçula parece ter bem claro o que deseja. “Na Fórmula 3 europeia vou tentar andar entre os cinco ou os três primeiros e depois temos de ver. Meu futuro espero que seja em categoria top, que eu tenha uma vida profissional e seja bem competitivo”, concluiu.




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