O uso incorreto de escadas rolantes e elevadores pode resultar em acidente grave e às vezes até fatal. Recorrer à Justiça para pleitear indenização nem sempre é o caminho correto. Isso porque a definição das responsabilidades depende de laudo feito por perícia técnica. Estatísticas divulgadas pela Otis (fabricante de elevadores e escadas, com sede em São Bernardo) mostram que 90% dos acidentes registrados em escadas rolantes acontecem dentro de shoppings centers.

Cuidados básicos podem garantir segurança e evitar prejuízos aos usuários de shoppings e de outros locais que têm escadas rolantes. Afinal, segundo o CDC (Código de Defesa do Consumidor), não é considerado acidente de consumo a ocorrência decorrente de imprudência por parte do usuário. Um exemplo é o caso do jovem que morreu após cair da escada rolante em um shopping de São Paulo, no início do mês passado. O rapaz perdeu o equilíbrio quando tentava subir pela escada rolante que estava programada para descer, prática comum entre adolescentes.

Segundo técnicos da empresa, dicas como não permitir que crianças se sentem nos degraus, transportar carrinhos de bebê apenas pelo elevador e evitar a prática de "surfe de corrimão" são básicas e devem ser seguidas à risca pelos usuários.

No caso dos elevadores, a orientação é que o usuário se certifique que a cabina do equipamento está no local antes de entrar. Modelos que têm portas manuais além das automáticas são responsáveis por 50% dos acidentes, de acordo com dados da Otis. Isso porque muitas dessas portas manuais não têm travamento automático. Na maioria dos casos, o usuário abre essa porta que antecede a automática e cai no poço.