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Construção aposta em casa popular
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18/11/2007 | 07:20
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O setor da construção civil apresentou ao governo um projeto para estimular a construção e financiamento de moradias populares e zerar o déficit brasileiro de 7,9 milhões de habitações em 12 anos.

Espécie de Bolsa Família da Habitação, o modelo propõe financiamento com subsídios para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos (R$ 1.750), que estão à margem da expansão imobiliária em andamento no País.

Elaborada pela FGV Projetos, a pedido do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), a proposta foi apresentada num seminário em Brasília no mês passado.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega demonstrou interesse. “Ele me procurou e pediu mais informações”, conta João Cláudio Robusti, presidente do Sinduscon-SP.

De acordo com Robusti, a idéia é construir casas de R$ 35 mil, que comprometam no máximo 25% do orçamento das famílias que ganham até cinco salários mínimos. Hoje, as chamadas moradias populares custam entre R$ 50 mil e R$ 70 mil.

Segundo a FGV Projetos, 92% do déficit habitacional brasileiro está concentrado nas famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos. A maioria dessas famílias (81,2%) vive nas cidades.

O déficit de 7,9 milhões de moradias corresponde a 21% da população do País. Só no Estado de São Paulo, mais de 1,5 milhão de famílias moram em condições inadequadas.

“A solução depende de o governo colocar a moradia como prioridade zero e fazer uma espécie de bolsa família da habitação”, diz Robusti.




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