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Ausência de ocupações melhora água da represa
Daniel Macário
Especial para o Diário
05/05/2015 | 07:00
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Na quinta semana da Expedição Billings, a ausência de moradias irregulares à margem da represa evidenciou, mais uma vez, que a preservação da vegetação no entorno dessas áreas impacta diretamente para a melhoria na qualidade da água.

O laudo divulgado pela equipe gerenciada pela bióloga e professora da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Marta Ângela Marcondes destaca que os índices registraram melhor desempenho com a ausência de habitações em metade dos pontos, o que diminui sensivelmente a possibilidade da entrada de esgoto doméstico não tratado.

Nos 48 quilômetros percorridos pelo ecoesportista Dan Robson durante os dias 27 de abril e 1º de maio, por meio do projeto idealizado pela USCS, dos 18 pontos analisados, todos em São Bernardo, cinco estavam ruins e 13 estavam regulares. O desempenho foi superior ao registrado na semana anterior, quando os pontos analisados obtiveram mais resultados péssimos e ruins (18 ruins, dez péssimos e um regular). São avaliados itens como pH (Potencial Hidrogeniônico, que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade), turbidez e OD (Oxigênio Dissolvido).

De acordo com a especialista, apesar de as administrações municipais estarem cientes dos impactos causados por essas ocupações irregulares, o número de famílias que têm ocupado essas áreas de manancial aumentou nos últimos anos, embora não haja dados precisos. “Quando percorremos as margens, em 2010, havia menos moradias do que encontramos agora. Isso mostra que a fiscalização não é eficaz”, disse Marta.

A ausência de flotação de algas e lixo também foi ponto positivo observado no relatório desta fase. Em todas as áreas, o pH manteve-se dentro da média estabelecida por lei (entre 6 e 8). “A quantidade de oxigênio dissolvido melhorou significativamente se comparado aos outros pontos estudados nas semanas anteriores. Ficamos bem felizes por encontrar situação melhor ”, destaca a bióloga.

A Expedição Billings foi iniciada no dia 30 de março e tem objetivo de traçar diagnóstico ambiental do reservatório. Na sexta semana do projeto, Dan Robson irá percorrer pontos em São Bernardo e Santo André. Já na última, a expedição passará por Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires.

A expectativa é que os resultados desta fase inicial sejam apresentados à comunidade e poder público em junho, tendo em vista o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5.




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