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Hospital é obrigado a pagar psicólogo
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
23/03/2007 | 07:10
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Uma decisão judicial obrigou o Hospital Ribeirão Pires a pagar tratamento psicológico para a menina Melissa Gabrielly Silva, 3 anos. Em fevereiro do ano passado, ela viu o primo de 4 anos morrer ao seu lado ao ser esmagado por um portão do hospital que caiu.

O juiz da 1ª Vara Cível de Ribeirão Pires, Gustavo Romero Fernandes, determinou que o hospital pague dois salários mínimos por mês para a família da garota custear o tratamento até o final do processo de danos morais. O magistrado considerou um laudo feito por um psicólogo, atestando que a menina ficou deprimida após o caso.

“Isso é o mínimo que o hospital deveria fazer para reparar o que aconteceu. Desde a tragédia, não recebemos nenhuma ajuda”, afirmou a mãe de Melissa, a manicure Tatiane Ferreira da Silva, 22 anos.

“A minha filha não consegue brincar direito com outras crianças. O primo que morreu era seu melhor amigo. De repente, ela começa a puxar o cabelo e gritar. Também tem muita dificuldade para dormir à noite”, relatou a mãe.

Por conta dos transtornos da filha, Tatiane foi obrigada a largar o emprego em um salão de beleza. “Tive de ter dedicação em tempo integral para ela”, contou.

Além do processo por danos morais em relação à mãe e à Melissa, o advogado Antônio Roberto Monzani impetrou outra ação de R$ 2 milhões por danos morais a respeito da morte do primo Marcos Vinícius Pelinson.

A diretoria do Hospital Ribeirão Pires foi procurada pela reportagem para comentar a decisão judicial, que cabe recurso, mas não obteve retorno.

A morte de Pelinson ocorreu em 27 de fevereiro do ano passado, às 16h30. O menino estava apenas acompanhando a tia Tatiane, que havia levado Melissa com febre ao hospital. Os dois primos brincavam na calçada quando esbarraram no portão, que caiu sobre eles e esmagou o menino.



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