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Diante de problemas, Morando defende remédios em domicílio

Tucano indicou implantação do sistema no Hospital Mário Covas; ação foi vetada anteriormente pelo governo do Estado sob alegação de alto custo

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
31/01/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Diante das denúncias publicadas pelo Diário de longas filas na farmácia do Hospital Mário Covas, em Santo André, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) apresentou ofício na Secretaria de Estado da Saúde pela implantação do sistema de entrega de remédios de alto custo em domicílio na unidade, principal equipamento público de atendimento de alta complexidade na região. O tucano protocolou o documento na quarta-feira e usou como argumento que método semelhante é usado no Hospital das Clínicas de São Paulo, subsidiado pelo governo de São Paulo.

A ação sugerida pelo tucano já foi vetada pela administração paulista, segundo o superintendente do hospital, Desiré Carlos Callegari, sob a justificativa do alto valor. O dirigente indicou que o “problema é antigo” e a demanda geraria gasto mensal de R$ 110 mil. Morando marcou audiência no dia 5 com o comandante da Pasta de Saúde, David Uip, para intermediar a negociação. “No Hospital das Clínicas o sistema funciona (com verba estadual) e quando o (José) Serra (PSDB) foi prefeito (de São Paulo) implantou o Programa Remédio em Casa. É possível e não podemos ser coniventes com essas filas no local.”

Atualmente, a medicação de alto custo é entregue na farmácia do hospital, porém a espera por atendimento no local chega a até quatro horas. Para o parlamentar, a mudança deve, inclusive, proporcionar economia em longo prazo. “A equipe que hoje atende naquele espaço pode ser utilizada em outras áreas. Não é só questão de conforto, mas de humanização. As pessoas que lá estão são pacientes ou parentes de quem está doente”, alegou Morando, ao reiterar que recebeu diversas reclamações de munícipes e que a medida visa estancar com a “fila acumulada no posto de entrega”.

O deputado afirmou que ofício serve para “consertar algo que não está dando certo”. “A proposta é evoluir. Com certeza se atendida (a demanda) cumprirá a expectativa da população”, afirmou. O hospital tentou, recentemente, parceria para que os medicamentos fossem distribuídos pelos municípios, mas a alternativa foi descartada pelo Estado. A Secretaria de Saúde, segundo Callegari, avalia que a medicação deve chegar diretamente ao usuário para que não haja extravio, mau uso ou manipulação política.




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