Economia Titulo Emprego
Mercado de trabalho da construção cresce 1,19% e contraria resultado estadual

Estoque de postos do setor na região atinge 45.151 pessoas, 529 a mais do que em 2013

Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
28/10/2014 | 07:26
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Denis Maciel/DGABC


O emprego na construção civil da região teve alta de 1,19% em setembro, na comparação com igual período do ano passado. Segundo levantamento do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo), as empresas do Grande ABC aumentaram as folhas de pagamento em 529 colaboradores no mês passado em relação a setembro de 2013.

Com o acréscimo, as construtoras atingiram estoque de 45.151 trabalhadores. No nono mês do ano passado, eram 44.622 operários.

Para a diretora adjunta do escritório do SindusCon-SP para o Grande ABC Rosana Carnevalli, o resultado de setembro indica que o setor continua caminhando e que não foi atingido por uma recessão. Isso porque o crescimento, em pontos percentuais, está de acordo com a projeção de expansão geral da indústria da construção na região.

“Isso mostra que, por enquanto, não houve recessão, com o resultado de alta de 1,19% no emprego. Está mais para uma pequena estabilidade (do que para um crescimento), e a estimativa é que, para o fim do ano, continuemos em torno deste resultado”, explicou Rosana. “O SindusCon-SP projeta que 2014 encerre com crescimento de 1,20%.”

Porém, a representante do setor faz ressalva em relação ao comportamento de outros segmentos industriais, como o automotivo. “Estamos acompanhando de perto. Não dá para dizer que se eles entrarem em uma recessão não haverá impacto na construção. Mas, por enquanto, ainda não há.”

O resultado na relação anual, em percentual, foi o oposto do apresentado no Estado. Segundo o SindusCon-SP, houve queda de 1,99% no estoque paulista, o mesmo que 17.548 trabalhadores a menos, finalizando o mês com 864.488 operários.

Na comparação mensal, apresentou a entidade, houve decréscimo de 0,07% na região. Em número de postos, a redução foi de 33 vagas. Em São Paulo, o recuo foi de 0,03%, com dispensa de 235 trabalhadores.

Segundo Rosana, o resultado é visto como estabilidade do emprego na construção. Ela explicou que o número de profissionais a menos não seria o suficiente para representar canteiro de obra de empreendimento vertical. “Ainda mais quando falamos de um estoque que supera 45 mil pessoas”, assinalou.
 




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