Manoel Lopes (DEM) conquistou na noite de sexta-feira liminar emitida pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) que o reconduz à vaga de vereador de Mauá. O democrata teve seu mandato cassado na semana passada por determinação da Justiça Eleitoral mauaense, que o acusa de abuso de influência do cargo na eleição de 2012.

Assinado pelo presidente do TRE-SP, Antônio Carlos Mathias Coltro, o documento determina que a presidência da Câmara devolva o mandato a Manoel até o julgamento de um dos recursos impetrados pela defesa do parlamentar contra condenação dada pelo juiz Rodrigo Soares, da 217ª Zona Eleitoral da cidade, e mantida pelo TRE-SP.

Soares acatou denúncia formulada pelo PT do prefeito Donisete Braga, que acusou Manoel de aproveitar o cargo de diretora de escola de sua cunhada Jane Donatiello para pedir votos nos arredores da EE Marilene de Oliveira Acetto. À ocasião, o vereador distribuiu carta ao eleitorado da Vila Carlina. O magistrado condenou Manoel à perda dos direitos políticos.
A liminar foi concedida na noite de sexta-feira, mesmo dia em que Wanessa Bonfim (PMDB), suplente na coligação PMDB-PP-DEM, foi empossada pela manhã pelo presidente da Casa, Paulo Suares (PT).

O democrata agora espera ser novamente declarado vereador na sessão de hoje, às 14h. “Deixamos claro que não houve influência. Tanto que minha votação naquela escola diminuiu. A Justiça divina conduziu o homem”, celebrou Manoel, dizendo que recebeu 26 votos a menos entre 2008 e 2012.

O democrata afirmou também que “faltou paciência” a Wanessa Bonfim. “Não tenho nada contra ela e entendo que havia direito dela. Mas poderia ter paciência, porque avisamos que teríamos a liminar em mãos naquele dia”, reclamou. “Do jeito que foi conduzido o processo, houve claro prejuízo a mim. (A presidência da Câmara) Poderia ter aguardado”, adicionou.