O prefeito licenciado de Santo André, Carlos Grana (P)T), condicionou ontem a liberação de R$ 1 bilhão em investimentos do governo federal ao município à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Em plenária realizada no Sindicato dos Químicos, o petista deixou claro aos cerca de 500 presentes que os recursos voltados para intervenções em Mobilidade Urbana, Saúde, Habitação, Educação e Inclusão Social não estariam garantidos em caso de vitória do presidenciável tucano, o senador Aécio Neves.

“Esse R$ 1 bilhão do governo federal está em curso para 2015. Isso significa um terço do Orçamento de Santo André (R$ 3,1 bilhões para o ano que vem). Sabemos que se a Dilma não ganhar corremos risco de não vermos essa verba, interrompendo, assim, projetos que já estão em andamento. Então, podemos dizer que a reeleição da Dilma está em jogo o futuro de desenvolvimento de Santo André”, discursou ele, sobre acordos definidos com o Palácio do Planalto para projetos estruturantes.

Grana reforçou cobrança por empenho de seus aliados a pedirem votos para Dilma. “Quem está no governo e não participar dessa campanha para manutenção do mandato da presidente está convidado a ficar fora da administração andreense”, sugeriu.

Para se dedicar com mais intensidade ao projeto presidencial, prefeito e secretários tiraram licença do cargo, como Tiago Nogueira (PT, Relações Institucionais), João Avamileno (PT, Direitos Humanos), Cícero Martinha (PT, Trabalho), Ricardo Di Giorgio (PT, Paranapiacaba), Remígio Todeschini (PT, Instituto de Previdência) e Marta Sobral (Esportes) – única que não está vinculada a nenhum partido político. “Precisamos fazer o diálogo, politizar a população e defender a importância do governo da presidente Dilma para os andreenses”, justificou Grana.