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Homem atira em ex-mulher grávida e se mata em Rio Grande

Jaqueline Amorin morreu ao dar entrada na UBS Central, após ser socorrida pela PM

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
01/10/2014 | 07:00
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Montagem/Reprodução


Crime bárbaro chocou a população do bairro Recanto das Flores, em Rio Grande da Serra. Oseas Augusto Alves, 31 anos, atirou contra a ex-mulher Jaqueline Matias Amorim, 30, que estava grávida. Em seguida, o assassino se suicidou. O casal, que possuía outros três filhos, havia se separado há cerca de três meses, segundo familiares. A tragédia ocorreu na tarde de segunda-feira.

Segundo o boletim de ocorrência, registrado na delegacia da cidade, Oseas e a ex-mulher começaram a discutir na rua, quando ele sacou a arma de fogo, um revólver calibre 38, para ameaçá-la. Jaqueline saiu correndo e ele efetuou quatro disparos. Depois disso, se matou com um tiro. A PM (Polícia Militar) foi acionada pela mãe de Jaqueline, que tinha presenciado a discussão. Ao chegar no local, ela ainda apresentava sinais vitais.

O policial chamou o resgate, porém optou por solicitar ao Comando de Força Patrulha a autorização para o socorro da mulher. A mãe, então, começou a passar mal e também foi colocada dentro da viatura, sendo retirada pelos parentes após recuperar os sentidos.

Quando a viatura estava na Avenida José Bello, na altura do viaduto que transpõe a via férrea, havia um desnível. A porta traseira abriu e a vítima caiu para fora do veículo, sendo amparada pelo condutor enquanto outro policial buscava uma ambulância, que trafegava por perto e prestou os devidos socorros.

De acordo com a resolução 5, editada em janeiro de 2013 pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, o socorro a vítimas só pode ser prestado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou pelo Corpo de Bombeiros. Somente nos casos em que não há serviço disponível ou quando o tempo de espera pelo socorro for muito longo, a PM pode e deve remover os feridos após serem orientados pelo Copom (Centro de Operações da Polícia Militar).

A coronel Cláudia Rigon, responsável pela PM no Grande ABC, afirmou que este caso se enquadra nas exceções permitidas. “O objetivo dos policiais é sempre garantir a vida. E eu ressalto que o policial agiu na melhor intenção neste caso. Porém, já está sendo apurado o que aconteceu nessa tragédia”, disse. De acordo com a coronel, já foi instaurado um inquérito para melhor apuração do caso e solicitada perícia da trava da viatura.

Os dois foram sepultados na tarde de ontem no Cemitério Municipal São Sebastião, em Rio Grande. Oseas tinha um inquérito policial de violência doméstica tendo como vítima Jaqueline. Segundo o boletim de ocorrência, ela pleiteava o arquivamento do mesmo por ter retornado à convivência com ele. A informação de que a vítima estava grávida foi dada pela unidade de Saúde que fez o atendimento, mas a família desconhecia o fato.




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