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Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

Para evitar colapso: preparar os jovens
Do Diário do Grande ABC
27/04/2021 | 23:59
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Segundo dados da pesquisa Educa Insights, em parceria com a Abmes (Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Superior), em novembro de 2020, a intenção de fazer graduação era de 33%; agora, é de 14%. No ensino a distância, o interesse caiu de 46% para 38%. Mas qual o impacto no mercado? Teremos colapso de mão de obra qualificada, treinada e habilitada no futuro. A crescente taxa de desemprego acabou quebrando o orçamento de muitos profissionais, especialmente os mais jovens (ainda em fase de custeio de sua educação formal). Desta maneira, sem emprego, as pessoas optam pelo essencial. A espiral da pobreza se inicia. Para-se de estudar por falta de condições financeiras. A condição financeira não melhora por falta de qualificação.

Jovens que chegarão à idade ativa, durante este e o próximo ano, enfrentarão desafio adicional a ser vencido. Colapso no mercado de trabalho cobrará a conta daqui três ou quatro anos. Curso superior não é feito por rompantes, e todos aqueles que já experimentaram a rotina por quatro, cinco anos sabem disso. Imprevistos ocorrem, e a rotina acaba por consumir o fio de expectativa que sobra. Sem dizer que, com os anos evoluindo, responsabilidades financeiras e familiares só aumentam. Para retomada do ciclo econômico será fundamental manter jovens com capacidade de transformação, de inovar. Competências que hoje são exigidas aos entrantes no mercado de trabalho versus as exigidas para pessoas com experiência e idade ativa foram alteradas: pandemia transformou as chamadas soft skills (habilidades). Habilidades comportamentais estão agora no centro decisório das lideranças.

Os empresários terão que assumir o papel de inclusão social, preparando suas empresas a garantir emprego, renda, treinamento e desenvolvimento, por meio também da educação, indo além do pagamento de impostos para financiar o ensino. As empresas precisam abrir as portas aos jovens. Fazer parcerias técnico-educacionais capazes de transformar a mente e a percepção de mundo desses talentos. Desenvolver pessoas é ato contínuo, lento, mas como tudo aquilo que requer cuidado, traz resultados infinitos. Educar é cultivar um propósito. É semear inovação para colher sustentabilidade. A atitude deve começar agora. Mais do que ligarmos nosso alerta, é mandatório preparar nossas empresas para a transformação e prevenir o colapso de talentos. Não existe pílula de conhecimento instantâneo. A ciência econômica nos ensina que um de seus papéis é estudar a alocação eficiente de recursos escassos. Nada é mais escasso que um talento, mente que transforma as empresas, sua história e, claro, seus resultados.

Antônio Teodoro é economista, MBA em gestão estratégica de negócios, e em gestão de projetos, diretor administrativo e recursos humanos do Grupo Novo Mundo.


PALAVRA DO LEITOR

Covid-19
Renan Calheiros e Jader Barbalho são suspeitíssimos em participar da CPI da Covid, pois ambos têm filhos governadores e que serão também julgados na comissão. Quem vai julgá-los? Seus pais? Só o ‘São Fachin’ não vê isso. Ele só vê o que interessa ao PT, partido do qual foi advogado? Renan, além dos 11 processos que responde, odeia o presidente. Logo, é duas vezes suspeito. Como relator do processo seria piada. Espero que os brasileiros de bem se insurjam contra isso.
Donaldo Dagnone
Santo André


Meio ambiente
Hoje, não há como esconder os prejuízos ao meio ambiente no Brasil e no mundo. Satélites, redes sociais, publicações de atos oficiais, tudo disponível para o mundo ver. O ‘Messias’ vai para a ‘cúpula de líderes sobre o clima’, com a participação de 40 países. Já entra fragilizado pela atuação do seu ministro, que, infelizmente, é muito capaz, mas só para fazer maldades. Este governo bateu recorde na edição de decretos ambientais, em dois anos, mais do que os antecessores nas últimas três décadas. ‘Canetadas’ permitem ao presidente alterar normas de preservação sem antes passar pelo Congresso – é a ‘boiada’ passando. Se assim prosseguir, caminhamos para depredação do nosso maior patrimônio ambiental: nossa legislação, que é das melhores do mundo. Que o preservador do patrimônio ambiental deve ser compensado financeiramente, não há dúvidas, mas, para que se cumpram as metas apresentadas na conferência, somente com urgente troca de governo.
Evaristo de Carvalho Neto
Santo André


Falhas na lei
Em experiência inesperada em 2018, como tesoureiro do PSDB em São Caetano nas eleições de 2016, fui intimado a depor na Corregedoria Federal, no processo envolvendo os então prefeito e vice, eleitos, José Auricchio Júnior e Roberto Luiz Vidoski, respectivamente. Alvo dos procuradores era, simplesmente, saber se eu conhecia os referidos doadores, causa principal da condenação dos citados candidatos, que seriam irregulares e ilegais. E depois de 45 dos meus ‘nãos’, argumentei e os justifiquei: 1 – como o partido/candidato são obrigados a conhecer seus doadores se hoje doa-se via internet? 2 – É do partido/candidato a obrigação de investigar a vida financeira do doador? É legal? 3 – Quem deveria ser julgado, o partido/candidato, ou o doador, por possível doação irregular, se são conhecedores da lei? 4 – E o mais importante: por que não está em lei a obrigatoriedade de o doador assinar declaração informando estar ciente e em total condição financeira para tal? Isso não isentaria partidos e candidatos de tais atos? Assim, só posso entender como injusta e ilegal a condenação de candidato em ser impedido de exercer mandato que lhe foi concedido e conferido pelo voto e vontade popular.
Luiz Antonio de Carvalho
São Caetano


CPI da Covid
Admiro a inocência de certos parlamentares. Pedir que Renan Calheiros seja afastado da CPI como relator para juiz de primeira instância é brincadeira. Esse pedido deveria partir do senador Randolfe Rodrigues. Esse não perde uma para o STF (Supremo Tribunal Federal). Como hoje ele está do lado de Renan, o senador não vê impedimento para que o relator em tela investigue o próprio filho. Só queria saber se o relator fosse Flavio Bolsonaro, o que Randolfe faria. Pau que dá em Chico não dá em Francisco? Por aí se vê que a CPI vai ser palco de disputas políticas. Esclarecer e punir quem roubou o povo é só detalhe que vão passar por cima. Estamos assistindo a esses filmes faz muito tempo.
Izabel Avallone
Capital 




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