De olho no compromisso de domingo contra o Santos pelo Campeonato Paulista, o volante Elias deixou claro que o Corinthians precisará colocar toda sua garra em campo para manter a evolução.

Responsável pelos dois gols na vitória de quarta-feira sobre o Racing, pela Copa Libertadores, Elias espera que o clássico deste fim de semana também tenha saldo positivo para o Timão.

"Se não jogarmos futebol, vamos passar vergonha", avisou o camisa 7. "Temos de jogar futebol, de igual para igual."

Líder na classificação do Estadual, o Peixe sofreu apenas uma derrota e teve um empate nos dez jogos disputados até agora. Com Neymar, Robinho e cia, a equipe desponta como uma das favoritas ao título. Mas isto não intimida o volante.

"Precisamos esquecer o Neymar e não pensar em bater. Isso não existe e toda equipe que tentou intimidar o Santos perdeu", analisou Elias, lembrando que futebol é muito mais que jogadas espetaculares. "O torcedor gosta de arte, mas nem sempre isso ganha o título."

Para o volante, a disputa pelo troféu desta temporada segue aberta e os quatro grandes não ficam nada a dever um ao outro. "O Palmeiras vai crescer com o Antônio Carlos, o São Paulo tem uma base boa e o Corinthians está forte, se entrosando e pegando confiança", lembrou. "Todas as equipes são iguais".

Terceiro colocado no Paulistão, o Alvinegro leva vantagem no retrospecto de confrontos diretos com o Santos. Em 295 jogos já disputados, o Corinthians acumula 119 vitórias. O Peixe venceu 93 vezes e as outras 83 partidas terminaram empatadas.

No Estadual do ano passado, o Timão também levou a melhor na hora da decisão. Fez 3 a 1, na Vila Belmiro, com dois gols de Ronaldo. No Pacaembu, deu empate por 1 a 1 e título ao clube alvinegro.

FORÇA TOTAL - O técnico Mano Menezes recebeu uma boa notícia no treinamento da equipe ontem. Alessandro e Jorge Henrique, que reclamaram de dores musculares após o confronto com os uruguaios, puderam treinar normalmente e têm condições de jogo para domingo.

Mano não antecipou a escalação do time, mas admitiu que a base utilizada contra o Racing deve ser mantida frente ao Peixe. "Não vejo porque ser diferente. Considero o clássico um jogo maior. Em confrontos assim, sempre que possível, utilizamos a melhor formação. E nós vamos levar a base da equipe que atuou na quarta. Perder um jogador (por lesão) é um risco que se corre em toda partida. Tiramos alguns jogadores no jogo do último sábado (Rio Branco) e podem perfeitamente fazer o segundo", completou o treinador. que define o time titular apenas hoje.